Caminhando ao ar livre no fim de uma tarde de outono, notei, na rua, as belas cores das folhas que haviam caído das árvores. Centenas jaziam no chão, no estacionamento da igreja ao qual eu havia chegado para minha caminhada costumeira.
O vento começou a soprar, e notei o movimento das folhas. A princípio lentamente, elas pareciam se alinhar como se estivessem aguardando instruções. A seguir, as folhas ficaram de lado e depois começaram a correr, dançar e saltar, como se estivessem a caminho da linha de chegada em um evento olímpico. Fiquei eufórica com a ideia de que meu Deus fizesse por mim algo tão emocionante! “Ah, como Ele deve me amar!”, exclamei. Aprecio o modo maravilhoso pelo qual meu Senhor me permite vê-Lo por meio de Suas obras.
Certa manhã, recentemente, fui convocada por aquela voz mansa e tranquila que me dizia: Venha ao nosso lugar especial; quero falar com você. Naturalmente, levantei-me e me preparei para encontrar meu Salvador. Enquanto esperava ouvir Sua voz, olhei pela janela, de onde podia ver altaneiras árvores de diferentes variedades e tamanhos. Então ouvi aquela mesma voz dizendo: Não comece o seu dia se ocupando. Sente-se aqui e espere que Eu fale com você. Afinal, conheço os planos que tenho para você hoje. Vi as árvores acenando e “batendo palmas”! A força do vento invisível as levava ao movimento, e os pássaros, aninhados em seus refúgios, começaram a bater as asas e voar.
Assim como o vento causa o balanço e a agitação das árvores, assim o Espírito Santo sopra sobre nós. Ele nos aconselha a nos erguermos sob a influência do poder de Deus quando diz: “Vá”. As árvores se movem por meio da força e da vontade do vento. Assim devemos nos mover pela vontade de nosso Santo Pai, “pois Nele vivemos, e nos movemos, e existimos” (Atos 17:28, ARA).
Lenora Dorf