Quando eu era criança, li um pequeno livro intitulado Floresça Onde Está Plantado, de Robert Schuller, que narra a descoberta de uma grande mina de diamantes chamada Golconda. Essa mina se encontrava no quintal da fazenda de Ali Hafed, um iraniano ambicioso que vendeu tudo – inclusive sua propriedade – para tentar encontrar diamantes ao redor do mundo. Porém, Hafed morreu pobre, infeliz, sem saber que possuía debaixo dos seus pés uma grande jazida de diamantes. 

Embora o livro seja curto, nunca me esqueci da história e, especialmente, do título. Ele é um convite para florescermos onde estamos plantados, independentemente das circunstâncias ao redor. Não é o lugar, o contexto ou a situação que nos tornam felizes, mas a maneira como lidamos com essas coisas. Não adianta buscar a felicidade no outro lado do mundo se não estamos em paz conosco. Não adianta empreender uma “caça ao tesouro” se desprezamos os diamantes que estão diante dos nossos olhos. 

Na capa do pequeno livro, há o desenho de um lírio, cuja analogia remete à essência da obra. Essa flor é curiosa, pois lança suas raízes abaixo do lodo a fim de extrair os nutrientes que ajudarão em seu desenvolvimento. Ela não se importa muito com aquilo que está ao redor. Com seu caule poroso, o lírio rejeita tudo que mancharia sua beleza e se alimenta apenas de coisas boas. 

Ellen White faz uma interessante aplicação do exemplo dessa flor: “Podemos aprender uma lição do lírio e, embora rodeados de influências que tendem a corromper a moral e atrair a ruína, podemos recusar ser corrompidos, colocando-nos onde as más companhias não pervertam nosso coração” (Mensagens aos Jovens, p. 328 [423]). 

Não sei em que situação você se encontra agora. Talvez não more na casa mais confortável da cidade, não tenha o trabalho dos sonhos ou não conviva com as pessoas mais simpáticas do mundo. Contudo, se Deus permitiu que você esteja aí é porque tem lindos planos para a sua vida. O que você tem de fazer agora é florescer onde está plantado! Lance suas raízes bem fundo e busque os “nutrientes” em Jesus, a Fonte da água da vida. Diante dos seus olhos, no “quintal” da sua existência, há lindos “diamantes” a serem descobertos.