Domingo
05 de novembro
DIFERENTES
Não procedam como se procede no Egito, onde vocês moraram, nem como se procede na terra de Canaã, para onde os estou levando. Não sigam as suas práticas. Levítico 18:3

Em Levítico 18:1 a 4, Deus deu uma ordem muito clara ao povo de Israel para não imitar os costumes das nações pagãs. Embora Ele tivesse permitido que Israel passasse um período no Egito e em Canaã, o povo escolhido não deveria se envolver com essas sociedades a ponto de reproduzir os seus pecados. 

No entanto, a Bíblia relata que Israel falhou. Em vez de ser luz e sal da Terra, o povo praticou fortemente a idolatria, manteve relações sexuais ilícitas e cometeu outros erros semelhantes aos das nações pagãs. Nem mesmo os 40 anos de peregrinação no deserto foram capazes de tirar o Egito do coração de Israel. 

Ao lermos o Novo Testamento, percebemos que o plano de Deus para o Seu povo continuou o mesmo: ser diferente do mundo. É claro que essa visão não deveria favorecer uma postura xenofóbica ou exclusivista. Pelo contrário, Israel deveria ser diferente a fim de chamar a atenção das nações para a graça divina. O apóstolo Pedro escreveu: “Vocês […] são geração eleita, sacerdócio real, nação santa, povo exclusivo de Deus, para anunciar as grandezas Daquele que os chamou das trevas para a Sua maravilhosa luz” (1Pe 2:9). 

É justamente pelo fato de sermos diferentes do mundo que atraímos pessoas a Cristo. Isso não tem a ver apenas com usos e costumes, mas com o caráter. A pior coisa que poderia ser dita a um cristão é: “Você é igual aos do mundo.” É o chamado “crente camaleão”, que se camufla frente às diferentes situações e não possui identidade própria. Uma igreja que não faz a diferença na comunidade perdeu a razão da sua existência. 

É claro que a mensagem deve ser pregada de forma contextualizada. Porém, nunca deve ser rebaixada ao nível do mundo. Nesse ponto, Cristo também é o nosso exemplo. Ao Se tornar um conosco, não deixou de ser Ele mesmo. John Stott sintetizou: “Deus Se identificou conosco, embora não renunciasse à Sua identidade, e esse princípio de ‘identificação sem perda de identidade’ é o modelo para toda a evangelização” (Perspectivas, p. 22). 

Como cristão, não perca a sua essência. Em vez de seguir os padrões do mundo, siga o padrão de Cristo.