Terça-feira
25 de agosto
Dividindo os fardos
Levem os fardos pesados uns dos outros e, assim, cumpram a lei de Cristo. Gálatas 6:2

Tive muitos enjoos quando engravidei pela terceira vez. Coisas simples como trabalhar, comer, beber água ou cozinhar se tornaram muito difíceis. Os remédios não faziam efeito, mas a vida não podia parar. As crianças precisavam ser alimentadas e queriam interagir. Além disso, eu tinha um sono incontrolável, que só quem já engravidou sabe como é. Outro fator que dificultava a situação era o fato de que morávamos longe de minha família e não tínhamos ajudante em casa. E, para piorar, havíamos mudado para uma nova cidade fazia pouco mais de dois meses.

Um dia senti que estava no limite e orei a Deus para que me socorresse. Não conseguia entrar na cozinha, comer nem brincar com as crianças. Descobri depois que minha mãe, mesmo longe, orava pedindo a Deus que enviasse anjos para me ajudar. Foi aí que recebi a mensagem de uma irmã da igreja dizendo que a partir do dia seguinte levaria as refeições para minha família. Ela e outra irmã iam se revezar, e nas próximas semanas eu não precisaria me preocupar com isso. Naquele momento, chorei e agradeci a Deus por atender ao meu pedido.

Nas semanas seguintes, refeições deliciosas e variadas chegavam à minha casa todos os dias. Como eu não as preparava, conseguia comer alguma coisa. Outra família nos levava para almoçar nos fins de semana e, de vez em quando, convidava meus filhos para sair. Assim fui me fortalecendo enquanto os enjoos diminuíam.

Meses mais tarde, quando meu bebê resolveu nascer antes da data prevista, sem que meus pais tivessem chegado para me ajudar, os irmãos daquele lugar ficaram com meus filhos, uniram-se para deixar minha casa limpa e preparam uma refeição deliciosa quando voltei da maternidade. Tudo aquilo me emocionava, pois via naquelas atitudes o verdadeiro cristianismo: irmãos me ajudando a carregar os fardos.

A vida pode se tornar muito mais leve se levarmos os fardos uns dos outros. A Palavra de Deus não erra. Por mais que a nossa vida seja corrida, podemos estender nossos braços a alguém.

Convivemos com diversas pessoas, mas na realidade não sabemos o que elas passam. Aí perto de você pode haver universitários e casais que moram longe de suas famílias, mães exaustas, idosos carentes de afeto, viúvas, pessoas com dificuldade financeira ou apenas tristes precisando de alguém que as ouça e abrace. Olhe ao seu redor e observe: você pode fazer a diferença na vida de alguém hoje!

Juliane Caetano