Segunda-feira
04 de abril
Dois pesos, duas medidas
Não julguem, para que vocês não sejam julgados. Mateus 7:1

A habilidade de julgar com equilíbrio e justiça é um dom de Deus; um dom que nem todo mundo tem! Julgar é pôr algo na balança da nossa percepção e então emitir um juízo de valor. É perguntar: Isso é desejável? É útil? É bom? É adequado? É bonito e digno de imitação? Todo mundo faz isso o tempo inteiro! Os especialistas explicam que, aos três anos de idade, já somos capazes de fazer juízos morais; às vezes até antes! O que a Bíblia reprova, portanto, não é a capacidade humana para julgar, mas a disposição gratuita de alguns de nós para fazer isso com rigor excessivo, indiferença, exclusivismo ou crueldade.

Isso fica claro quando comparamos Lucas 6:37 com Mateus 7:1, que diz: “Não julguem, e vocês não serão julgados. Não condenem, e não serão condenados. Perdoem, e serão perdoados.” Percebeu? O problema está na atitude condenatória. Jesus Se opôs à falta de empatia, compaixão e perdão, não à habilidade para avaliarmos o que vemos aplicando um critério objetivo. O problema é o que fazemos quando percebemos que algo ou alguém não está na condição ideal. Como reagimos? Podemos ser simpáticos ou antipáticos, compassivos ou agressivos, benevolentes ou implacáveis, pacientes ou não. Podemos adotar uma atitude positiva ou negativa. Depende de nós, do que cremos e de quem somos.

Também depende do que esperamos das pessoas, como aconteceu certa vez, em um sábado de manhã. O pregador faltou, e os responsáveis pelo culto só perceberam na hora de começar a reunião. Era uma igreja importante, com muitas pessoas de classe social elevada. Entre os presentes, havia um pastor visitando a igreja naquele dia. Alguém teve a ideia de convidá-lo para pregar. O encarregado, rispidamente, disse que não. Algo, porém, o fez mudar de ideia poucos minutos depois. Descobriu que o pastor visitante também era “doutor”. Então o púlpito foi ocupado pelo visitante. O juízo de valor foi feito; e a decisão, tomada.

Hoje é o dia em que você deve perguntar a si mesmo: Que critérios ou preferências têm guiado minhas decisões? Quais são as coisas que mais valorizo na vida e quais são as que eu desprezo ou evito? Como eu costumo agir quando algo ou alguém não passa no meu crivo? Seja sincero consigo mesmo e deixe Deus falar ao seu coração. Ele vai ensiná-lo com sabedoria e amor. Você não perde por esperar!