A dor tem sido minha companheira nos últimos seis meses. Durante esse tempo, aprendi a ser mais sensível às pessoas que convivem com a dor. Aprendi que as provações pessoais e o sofrimento nos ajudam a sentir compaixão por aqueles que estão padecendo de dor. Quando sofremos, somos tentadas a pensar que só nós estamos experimentando sérias provações. Podemos nos sentir abandonadas e isoladas. Você já se sentiu assim?
Ao ouvir as histórias de mulheres em vários países, aprendi que a dor é companheira delas. Muitas se sentem sozinhas e rejeitadas. Elias, personagem bíblico muito conhecido no meio cristão, também se sentiu dessa maneira. Depois de experimentar uma demonstração incrível do poder de Deus no monte Carmelo, sabendo que Jezabel procurava matá-lo, ele fugiu. Elias estava experimentando uma dor intensa (ver 1Rs 19:4).
A beleza dessa história está em como um Deus compassivo lidou com a dor e a exaustão de Elias. Observe como Deus não respondeu à sua oração nem o condenou por sua súplica. Em vez disso, Deus providenciou descanso e restauração. Deus tinha dias melhores para Elias. E Deus tem dias melhores reservados para você também. Ele está disposto a nos dar nova esperança, nova graça e novas misericórdias cada manhã.
Apesar de nos sentirmos sozinhas no tempo de dor e provação, precisamos manter a perspectiva de Deus em mente, porque com a nossa mão na Dele, podemos aprender a encontrar as bênçãos em nossa dor. Ao trocarmos a nossa perspectiva pela Dele seremos surpreendidas com lindos vislumbres. Em algum momento ou outro, pessoas que amam e servem ao Senhor sofrerão dor física, emocional ou relacional. Jesus disse: “Neste mundo vocês terão aflições” (Jo 16:33). Mas há esperança. Ele não promete nos salvar da dor, mas certamente nos promete salvar na dor.
“Bendiga o Senhor a minha alma! Bendiga o Senhor todo o meu ser! Bendiga o Senhor a minha alma! Não esqueça nenhuma de Suas bênçãos! É Ele que perdoa todos os seus pecados e cura todas as suas doenças, que resgata a sua vida da sepultura e [a] coroa de bondade e compaixão, que enche de bens a sua existência, de modo que a sua juventude se renova como a águia” (Sl 103:1-5).
Raquel Queiroz da Costa Arrais