“Quando eu crescer, quero ser uma princesa-doutora”, disse Tori, minha sobrinha bisneta de 5 anos. Puxando-me na direção de sua gasta mesinha do “consultório médico”, ela acrescentou: “Venha ao meu consultório e me deixe verificar sua saúde.” Sentei-me no chão da sua área de brincar, e ela começou o trabalho.
Tori (soprando um balão, não ligado a mim): Tia Carolyn, o açúcar no seu sangue está mesmo ruim.
Eu: Você quer dizer que a minha pressão sanguínea está ruim?
Tori: Não, o seu açúcar no sangue. Preciso lhe dar um remédio – que não tenha açúcar! Agora vamos ver seus olhos (apontando para um pequeno cartaz de faz de conta).
Eu: Posso ler tudo com os dois olhos – embora meu olho esquerdo não veja tão bem quanto o direito.
Tori: Então a gente precisa tirar seu olho esquerdo agora mesmo! Vou lhe dar um novo olho esquerdo e você estará pronta para sair. Tia Carolyn, também tirei uma foto dos seus ossos, que estão parecidos com isto (entregando-me uma “radiografia” de plástico claro, com algo parecido com a cabeça do Pato Donald).
Eu: Bem, acho que se é assim que pareço, então é assim que sou. Está tudo bem, certo?
Tori: Não, não está bem, e isso quer dizer mais remédio para você!
Eu: Dra. Princesa, por favor, não existe alguma coisa em mim que possa estar saudável?
Tori: Isso depende do seu exame de respiração. Aqui, sopre dentro desta máscara. (Eu sopro.) Oh, não!
Eu: E agora, o que há de errado? Minha respiração não está normal?
Tori: Não, com certeza não! Na verdade, esse exame mostra que você simplesmente não está respirando! Aqui, mais um pouco de remédio. E volte ao consultório daqui a dois dias.
Em uma conversa em outro momento, naquela noite, Tori disse: “Tia Carolyn, só de olhar posso dizer que você está se sentindo melhor agora. Você nem precisa voltar ao meu consultório daqui a dois dias.”
Essa entrevista “médica” com a Dra. Princesa me fez rir. Ela também me fez lembrar do tempo que desperdicei ao “diagnosticar” as “doenças” aparentes que julguei ver nos outros. Tempo que eu poderia ter empregado melhor encaminhando-as para o Grande Médico, o único que pode dar diagnósticos corretos, junto com Seu toque de cura.
Senhor, enche-me com o Teu Espírito Santo hoje. Perdoa-me por todas as vezes que brinquei de “doutora”, em vez de descansar – em Ti – e ser uma autêntica amiga de corações feridos.
Carolyn Rathbun Sutton