As tartarugas são famosas por sua vitalidade e resistência ao sofrimento e à dor. Sua resistência é tão grande que até se diz que, mesmo que o ser humano desaparecesse da Terra, a tartaruga e seus parentes, coxeando, capengando, continuariam vivos. Veja as coisas incríveis que dizem sobre a vagarosa: se lhe cortarem a cabeça, ela continua andando e se mexendo por vários meses. Se for deixada com fome, agirá com a indiferença de um faquir. Dizem que há casos de tartarugas que sobreviveram seis anos sem comer.
Quando um predador chega para disputar a carne da tartaruga, ela o enfrenta com a força da inércia e a tenacidade da resignação. Sua paciência infinita muitas vezes vence o inimigo, que desiste e vai embora. Matar uma tartaruga, um cágado ou um jabuti é uma tarefa quase desanimadora. Serrada ao meio ela ainda continua a se mexer por um bom tempo. O timbó, veneno usado pelos índios para caçar, em nada afeta a tartaruga. Para matar uma delas, é preciso despedaçá-la, jogá-la ao fogo ou congelá-la.
Os cristãos enfrentaram muitos sofrimentos. As primeiras perseguições aconteceram em Jerusalém logo após a morte de Cristo, quando Estêvão foi apedrejado e morto. No segundo e terceiro séculos de nossa era, Roma, sob o poder de César, Nero e outros imperadores, jogou os cristãos aos leões e queimou-os em fogueiras. Durante a Inquisição medieval, a igreja de Roma, outra vez, incendiou o cristianismo. Leitores da Bíblia e seguidores de Cristo eram submetidos às mais cruéis torturas. A igreja era a consciência das pessoas.
Hoje, muita coisa mudou. Temos paz e muitas oportunidades de servir a Deus conforme a Sua Palavra, de acordo com nossa consciência. Os ventos da liberdade continuam a soprar sobre a Terra, mas vai chegar um dia em que seremos chamados a testemunhar de nossa fé. Precisaremos confiar, ainda que o mundo pareça estar contra nós e ainda que nos digam que estamos errados. Deus nos dará coragem suficiente para suportar tudo isso. Da fraqueza, tiraremos forças para viver e para morrer. É só confiar!