–Que palestrante chato! – disse Melissa, irrompendo na sala. – Eu quase dormi duas vezes e teria dormido, se minha professora não batesse no meu ombro e me deixasse ficar na parte de trás da sala com ela. Na verdade, vários de nós fizemos isso, e foi o que nos manteve acordados.
– Brilhante! – respondi. – Sua professora deve conhecer estudos que mostram que 50% dos alunos aprendem melhor quando estão em pé e se movendo.
– Eu sou assim! – disse Melissa. – Aprendo melhor quando estou me movimentando.
Eu sei bem.
– Cristo ensinou as pessoas enquanto elas circulavam ou caminhavam. Meu professor chamava isso de método de Sócrates.
– João disse: “A verdade os libertará” (Jo 8:32) – disse eu. – Acho que isso significa descobrir como nosso cérebro funciona de forma mais eficiente para que usemos melhor o que foi incorporado nele.
– Então como é que sempre precisamos sentar, e sentar, e sentar e ficar quietos, especialmente na igreja?
Antes que eu pudesse responder, Melissa acrescentou:
– Aposto que as crianças que ficam no saguão em vez de se sentarem têm um cérebro que precisa se movimentar para aprender. Quando parei de rir, eu disse:
– Gosto da maneira como seu cérebro está pensando, Melissa. As igrejas em algumas partes do mundo têm poucas cadeiras. Muitos participantes ficam em pé.
Em alta voz e com seriedade, Melissa se perguntou se poderíamos fazer isso na nossa igreja.
– Algum dia vamos ficar em pé no mar de vidro. Aposto que mais crianças iriam à igreja se houvesse um lugar para elas ficarem em pé.
Sugeri que ela conversasse com o pastor e pensei: Há igrejas que colocaram alguns bancos na parte de trás para deixar um lugar para as pessoas ficarem em pé.
– Vou escrever uma carta a ele – disse Melissa. – Agora mesmo! Onde está a referência para esse estudo?
– Está no meu site – respondi. – Vou conseguir para você.
Percebi que a carta de Melissa seria uma obra-prima.
Arlene R. Taylor