Terça-feira
14 de novembro
ENTRE A CRUZ E O FUZIL
Seja fiel até a morte, e Eu lhe darei a coroa da vida. Apocalipse 2:10

O bisavô da minha esposa, chamado Johann Dietrich Klassen, era guarda-florestal em uma colônia de cristãos menonitas na antiga União Soviética e tinha sob o seu comando vários soldados que não queriam usar armas. Além de guarda, ele trabalhava como padeiro, sendo muito conhecido e querido por todos. 

Certa ocasião, um dos soldados estava aflito por não conseguir permissão dos superiores para ver a sua esposa que estava tendo complicações na gravidez. Ao observar a aflição do subordinado, Johann intercedeu junto às autoridades soviéticas, as quais, por fim, responderam positivamente ao pedido. 

Anos depois, quando o regime comunista dominou o país, Johann e outros 14 soldados da colônia foram intimados a negar a fé em Jesus. Como isso não aconteceu, todos foram retirados à força das suas casas e levados ao quartel da cidade. Vendo a fidelidade inviolável dos soldados, as autoridades os condenaram à morte por fuzilamento. 

No dia da execução, os 15 irmãos na fé foram levados a um pátio a fim de serem fuzilados. Enquanto aguardavam o sinal do superintendente que daria a ordem para o disparo dos fuzis, eles oravam e clamavam a Deus por livramento. 

Quando esse comandante se aproximou dos prisioneiros, ele reconheceu o bisavô da minha esposa e perguntou o que ele estava fazendo ali. Ele prontamente respondeu que amava a Jesus e, por isso, havia sido condenado à morte. Depois da explicação, o superintendente cancelou o fuzilamento e libertou a todos. 

Você consegue imaginar quem era esse encarregado? Era aquele soldado que estava com a esposa à beira da morte e foi ajudado por Johann Klassen. Ele havia se filiado ao partido comunista e agora tinha autoridade para condenar ou libertar prisioneiros. Ao tirar as algemas de Johann, ele disse: “Orem para que, da próxima vez, eu continue sendo o responsável. Senão, vocês estarão mortos.” 

Dias depois, Johann e a sua família pegaram todos os pertences e foram para Moscou. Lá tomaram um trem com destino à Alemanha, onde permaneceram até o início da década de 1930. Depois, vieram para o Brasil e continuaram professando a sua fé em Jesus. 

Realmente vale a pena ajudar as pessoas e, acima de tudo, ser fiel a Deus.