Já observou, durante uma tempestade, o que acontece com os galhos de uma árvore? Os primeiros a se quebrar com o vento forte são os galhos rígidos, justamente aqueles que nos parecem mais fortes. Os galhos flexíveis – mesmo sendo agitados para todos os lados – são capazes de se curvar, permitindo-se dançar conforme a força do vento e, por essa razão, conseguem permanecer.

E é nesses ramos flexíveis que a tarântula, uma das aranhas mais venenosas do mundo, ao tecer a teia, prende suas pontas. Quando o vento sopra contra sua teia, ela balança muito, mas não se rompe. É na flexibilidade da base que está sua firmeza.

Flexibilidade é a capacidade de perceber com rapidez as diversas situações, negociar e se adaptar a elas.

Ser flexível não significa concordar com tudo ou imitar o comportamento do grupo só porque a maioria concorda. Não é agir como o camaleão, mudando com facilidade de aparência, comportamento ou caráter, acreditando em cada modismo que surge; é saber agir em qualquer situação sem abrir mão dos princípios.

Qualquer processo de crescimento depende de um conjunto de valores fundamentais que norteie nossas escolhas: um sistema de valores que nos ajude a decidir quais objetivos são dignos de esforços e quais são insignificantes.

Mas como manter coerência e firmeza nesse conjunto de valores e ainda assim permanecer flexível?

Os versos de hoje são parte da oração sumo sacerdotal proferida por Jesus em Sua despedida, antes de ser preso. Ele afirmou que os Seus não eram deste mundo, mas estavam nele. Então Jesus lhes deu as diretrizes de como viver neste mundo não sendo dele.

A base do sistema de valores do reino celestial é o amor a Deus, ao próximo e a si mesmo. Esse amor envolve obediência à Sua Palavra. Esses elementos essenciais precisam ser compreendidos à luz da Palavra de Deus para não serem distorcidos e rebaixados a uma norma corrompida.

Fundamentadas nesses princípios do reino, sejamos cristãs flexíveis que sabem estabelecer o equilíbrio entre ceder e manter a firmeza.