Quinta-feira
01 de junho
Entre lágrimas e risadas
“Não chorem”, disse Jesus. “Ela não está morta, mas dorme”. Todos começaram a rir dele, pois sabiam que ela estava morta. Lucas 8:52, 53, NVI

Como uma pessoa pode ir do choro ao riso tão rapidamente? Uma das possibilidades é se as lágrimas forem forçadas, e a risada estiver envenenada com sarcasmo e cinismo.

Esse é o caso na situação retratada nos versículos de hoje. Nos tempos de Jesus, era costume contratar gente para chorar quando morria uma pessoa. Estranho, não é? Existia até uma espécie de profissão: a das carpideiras.

Em realidade, essas pessoas não precisavam ter sentimentos sinceros pelo morto ou pela família. Bastava abrir o berreiro ao som de flautas tristes.

No velório da filha de Jairo, o “show” dessa turma estava no auge quando Jesus chegou. O choro estava tão alto que o Senhor classificou a atuação das carpideiras como “alvoroço”. Ele disse que não havia motivo para isso, pois a criança estava dormindo.

De repente, o choro alvoroçado virou risada sarcástica. A turma do chororô estava dizendo que tinha certeza da morte da menina, e que o Senhor estava falando o que não devia.

Jesus não respondeu nada. Apenas pediu que os pais e os discípulos mais próximos permanecessem no quarto. Com essa atitude, o Senhor estava dizendo às carpideiras cínicas: “Vocês entendem da morte, mas Eu sou especialista em vida.”

O choro e o riso retratados nos versículos de hoje parecem com o que acontece atualmente. Muita gente por aí vive reclamando das tragédias do mundo e chorando “o leite derramado” da maldade, mas com uma atitude descrente em relação às promessas do evangelho de resolver em definitivo todos os problemas da humanidade.

Zombam dos que creem em Deus e da expectativa do breve retorno de Jesus. Cumprem ao pé da letra a profecia do apóstolo Pedro: “Antes de tudo saibam que, nos últimos dias, surgirão escarnecedores zombando e seguindo suas próprias paixões” (2 Pedro 3:3, NVI). Se não se arrependerem, esses cínicos terão motivos de sobra para chorar.

As lágrimas de Jairo e sua família eram sinceras, e a prova disso é que, em desespero, ele buscou a Jesus para que o problema fosse resolvido. Foi por isso que ele pôde sorrir de verdade quando o Senhor devolveu a vida à sua filha. Se você realmente lamenta a própria situação e a maldade do mundo, recorra com fé a Cristo, e Ele transformará seu choro em felicidade sem fim.