Há pessoas que reagem intensamente aos problemas, às dores, à vida e ao comportamento de outros. Lutam pelos direitos dos mais fracos e atacam a injustiça social, mas podem morrer se sentindo culpados porque não fizeram o suficiente. Você conhece alguém assim?
A Bíblia nos exorta a amar o próximo e a servi-lo. Mas há extremos que podem nos impedir de ter paz e felicidade, transformando relacionamentos em grandes fardos.
Os especialistas dizem que o ajudar obsessivo, o tomar conta, a abundância de raiva, a culpa, a dependência de pessoas peculiares, a atração e tolerância pelo bizarro, a necessidade de ter pessoas doentes ao redor para estar em paz consigo, e outras atitudes extremas, podem estar relacionadas à baixa autoestima, a problemas de identidade e outras distorções.
O dilema entre o egoísmo e a negação própria não é exclusividade das mulheres, mas as tornam mais susceptíveis. O instinto materno pode funcionar bem em relação aos filhos, mas, quando direcionado aos adultos, pode ser arriscado, principalmente se aliado ao pensamento preconceituoso de que mulher é inferior ao homem. Aí está uma combinação perfeita para o martírio e o nocivo esquecimento de si mesma.
O salmista Davi enfatizou que fomos feitas de modo assombroso e que as obras de Deus são maravilhosas! Não é plano de Deus que sejamos objetos martirizados pelos demais. Se amar e servir ao próximo não nos traz satisfação, mas sofrimento, pode haver algo errado em nossas motivações.
Da mesma forma, a arrogância e o narcisismo não procedem de Deus. O verso de hoje fala de um conceito equilibrado de nós mesmas. No caminho à maturidade, encontrar um ponto de equilíbrio entre o martírio e o narcisismo é nosso desafio. Nem egocêntricas e egoístas, nem líderes perpétuas apenas das torcidas alheias… Devemos compreender o que há entre o egoísmo e a negação própria: o balanço certo de amar o próximo como a nós mesmas.
Peça a Deus esse equilíbrio para ser como Ele, com tal autoestima que O fez esvaziar-Se de Si mesmo por livre e espontânea vontade, para nos servir, não por martírio, mas por amor genuíno.