Amy nasceu em 1867, em uma pequena vila na Irlanda do Norte, e se converteu aos 15 anos. Ela e a família se tornaram fervorosos presbiterianos. Ela queria ser missionária e, aos 24 anos, foi para o Japão. Porém, sofrendo de uma doença dos nervos que a deixava fraca e de cama por semanas, ela teve que voltar para casa.
Anos depois, ela seguiu para a Índia, onde passaria toda a vida. Lá, seu trabalho mais notável foi com meninas e mulheres jovens. As meninas eram dedicadas aos deuses nos templos hindus e forçadas à prostituição religiosa que rendia dinheiro aos sacerdotes. Quando as famílias não as queriam ou se precisavam de dinheiro e pretendiam se desfazer de mais uma boca para alimentar, ou se as crianças tinham alguma deficiência, eram vendidas aos templos, onde eram muito maltratadas e submetidas a abusos.
Amy Carmichael fundou o Dohnavur Fellowship, em Tamil Nadu, no sul da Índia. Esse orfanato se tornou um santuário para mais de mil crianças. As crianças recebiam nomes indianos e usavam roupas nativas. Amy também se vestia assim e pintava a pele com café, misturando-se aos indianos. Ela andava longas distâncias pela Índia para salvar uma criança.
Em 1931, gravemente ferida numa queda, Amy ficou na cama até morrer, em 1951, com 83 anos de idade. Ela deixou 35 livros publicados. O mais conhecido é um dos primeiros relatos sobre a missão na Índia, publicado em 1903.
Quando perguntaram às crianças indianas o que as atraía a Amy, elas responderam: “Era amor. Amma (mãe) nos amava”.
Amy Carmichael, certa vez, escreveu: “Se eu não tiver compaixão do meu próximo, como o Senhor teve compaixão de mim, então não conheço nada do amor do Calvário”.
Ellen White também ratificou essa verdade, ao dizer que “uma religião que nos leve a negligenciar as necessidades humanas, seus sofrimentos ou direitos, é falsa. Desdenhando os direitos do pobre, do sofredor e do pecador, estamos demonstrando-nos como traidores de Cristo. O cristianismo tem no mundo tão pouco poder exatamente porque as pessoas usam o nome de Cristo ao passo que contrariam Seu caráter na vida que vivem” (O Maior Discurso de Cristo, p. 137).
Enquanto aguarda a volta de Jesus, como você pode demonstrar o amor de Deus entre os menores irmãos?