Muitos anos atrás, nós levávamos nossos acampantes de verão do Acampamento Texico para uma visita ao Parque Nacional das Cavernas Carlsbad, no sudeste do Novo México. Os guardas florestais do parque guiavam o passeio pelas cavernas. A certa altura do tour, o guia pediu que os visitantes se assentassem em bancos ao longo da trilha. “Vou pedir que todos permaneçam em perfeito silêncio”, disse ele “enquanto apago todas as luzes por sessenta segundos nesta parte da caverna. Isso ajudará vocês a entender o que os pioneiros exploradores da caverna experimentaram quando, pela primeira vez, entraram aqui, trazendo apenas uma vela ou lanterna.” É impressionante o quanto esse curto minuto pode parecer longo quando você está rodeado por uma escuridão completa, sem poder ver sua mão diante do rosto, mesmo que ela toque sua face. Fiquei espantada diante do fato de que os primeiros exploradores conseguiram mapear partes dessas imensas cavernas com apenas pequenas lanternas como fonte de luz. Tudo o que podiam ver era apenas aquilo que os rodeava. Nunca contemplaram as maravilhas que vemos hoje, graças a um vasto sistema de luminárias bem colocadas, que iluminam as formações das cavernas.

Lembro-me daqueles primeiros segundos em que me surpreendi com a espessa escuridão, quando o guia apagou as luzes. As trevas nas quais estávamos mergulhados começaram a assumir um peso opressivo. Mesmo sentada ao lado de amigos, ombro a ombro, comecei a me sentir totalmente sozinha e abandonada. Passo por algo semelhante na hora de dormir, quando apago a luz. Eu me vejo em uma escuridão total durante os primeiros segundos. Todavia, quando meus olhos começam a adaptar-se à repentina perda da luz, começo a ver outra luz. A luz do luar entrando pela janela ou alguma luz artificial. Em pouco tempo, essas outras fontes de luz ajudam meus olhos a distinguir silhuetas de mobílias ou contornos da porta ou janela.

O amor de Deus é nossa luz nas trevas do mundo pelo qual estamos jornadeando. Assim como eu, você não daria graças a Ele pela luz do Seu amor? Não oraria comigo pedindo a sabedoria e o desejo de andar à luz que Ele tão generosamente nos proporciona?

Mary E. Dunkin