Os espelhos foram criados há cerca de 5 mil anos na Suméria. Eram feitos de placas de bronze polidas com areia e tinham um formato arredondado. O espelho como conhecemos hoje foi inventado em 1835 pelo químico alemão Justus von Liebig, que utilizou uma fina camada de prata metálica sobre uma superfície de vidro. 

Provavelmente o espelho seja um dos objetos mais utilizados no mundo. Há um exemplar dele por toda parte: no banheiro, no carro, no elevador, no shopping e até na bolsa. Plano, côncavo ou convexo, esse artefato tem a capacidade de mudar o humor das pessoas várias vezes em um mesmo dia. Para muitos, ele é uma espécie de “salvador da pátria”, capaz de evitar desde acidentes automobilísticos até vexames causados por uma casca de feijão no dente. 

Quando o povo de Israel saiu do Egito, após a praga da morte dos primogênitos, levou consigo muitos despojos (Êx 12:36). Além de ouro, pedras preciosas e tecidos caros, os hebreus levaram vários espelhos usados pelos egípcios. Esses eram raros objetos de luxo, feitos com placas de bronze encaixadas em cabos ricamente decorados. 

Entretanto, a Bíblia diz que as mulheres hebreias não usaram por muito tempo esses espelhos. Ao Moisés iniciar a construção do santuário sob a ordem divina (Êx 25:8), convidou o povo a ofertar de forma voluntária seus objetos de valor. A resposta dos hebreus foi impressionante, a ponto de trazerem mais do que o necessário (Êx 36:5-7). Entre esses objetos, havia os espelhos das mulheres que “serviam à entrada da Tenda do Encontro”. 

A atitude delas demonstra que estavam mais preocupadas com o adorno do caráter do que com a aparência exterior (1Pe 3:3, 4). A ostentação e a vaidade não tinham morada em seu coração. Ao doarem os espelhos para o santuário, demonstraram que amavam mais a Deus do que a si mesmas. 

Se metade do tempo gasto em busca de melhor aparência fosse dedicado ao cultivo da beleza interior, que diferença isso faria na vida das pessoas! Invista hoje em conhecimento, misericórdia e na construção do seu caráter. Diante disso, a beleza física é apenas um detalhe.