Quarta-feira
12 de janeiro
Estou fria
Amado, peço a Deus que tudo corra bem com você e que esteja com boa saúde, assim como vai bem a sua alma. 3 João 2

Estou fria… Essas foram minhas palavras a uma irmã da nossa igreja que havia ligado para perguntar sobre meu estado emocional e relacionamento com Deus durante minha longa doença. Eu estava doente fazia nove meses, meu aniversário estava chegando e eu era incapaz de dirigir ou fazer qualquer atividade rotineira. Sentia-me como se estivesse passando por uma experiência semelhante à de Jó.

Foi a ligação dessa minha amiga, no início da semana, para me encorajar que me afetou profundamente. Havia anos que ela estava doente, fazendo um exame após o outro e inúmeros tratamentos. Ela frequentava a igreja quando podia, apresentava um sorriso tão grande quando podia, e não discutia suas dificuldades a menos que lhe perguntassem. Ela havia sido minha supervisora de enfermagem, e eu a respeitava e gostava muito dela. Todos amavam sua empatia, cuidado e desejo de ensinar a cada um de nós a ser enfermeiros extraordinários. E aqui eu me encontrava novamente, aprendendo com ela; mas, dessa vez, a lição era a respeito dos grandes desafios da vida. Ela me disse que, quando você está com uma doença crônica, depois de um tempo as pessoas se esquecem de você, e você se cansa de falar sobre suas dores e sofrimentos. Entretanto, ela me garantiu que só bastava ligar para ela e que compreendia bem a minha situação.

Suas últimas palavras a mim foram resultado de suas lutas, dores emocionais, frustrações, introspecção e conversas com Deus.

— Você sabe… — ela disse. — Seria uma pena nós passarmos por todo esse sofrimento e não irmos para o Céu.

Aquelas palavras me feriram como se tivessem cravado uma faca em meu peito! Todo o choro, angústia, promessas e estresse emocional causados pela dor não mereciam que eu perdesse minha salvação!

— Aleluia! — eu exclamei. — Há um propósito para toda essa loucura. Deus está me libertando e me salvará se eu for fiel. É o meu trabalho abençoar e encorajar os outros também.

Decidi que, quando e se eu fosse capaz, meu desejo seria alcançar aqueles que estão solitários, doentes, trancafiados, ou que precisam de um amigo especial. Precisamos nos tornar empáticas como Jesus.

Catherine McIver