Há pelo menos três coisas que os norte-americanos parecem considerar sagradas: dinheiro, trabalho e privacidade. Os judeus da época de Jesus também consideravam algumas coisas especialmente sagradas, entre elas, o templo. Alguns deles deixavam de amparar os pais idosos para usar o dinheiro como oferta para as atividades do templo. Assim, eles transgrediam o quinto mandamento e colocavam sua tradição religiosa acima da obediência à Palavra de Deus. Jesus não Se agradou dessa atitude. O problema, óbvio, não era apoiar financeiramente a igreja, mas usar desse tipo de “caridade” como pretexto para deixar de cumprir o dever moral de cuidar dos pais: um verdadeiro sacrilégio!
Certa igreja organizou um evento no mês de maio para homenagear as mães. O pregador convidado fez a seguinte pergunta polêmica: “Você colocaria seus pais idosos num asilo?” Em seguida, ele mesmo respondeu: “Eu, sim!” A mãe e o pai dele estavam no auditório. Logo vieram as explicações: Se uma pessoa deixasse de trabalhar para cuidar de um idoso, como é que ambos teriam dinheiro para sobreviver? E como seria a rotina deles? Ficariam o dia inteiro um olhando para o outro? Ele então concluiu dizendo que, se o asilo fosse de boa qualidade, o assunto estaria resolvido. Estranha homenagem, não acha?!
Boas ou más, as razões para fazer o que fazemos geralmente têm como base nossa própria lógica. Isso é o normal. O desafiador é tentar se colocar na pele do outro e analisar a situação do ponto de vista dele. E isso é necessário, especialmente quando o outro é quem sofrerá as consequências de nossas decisões. Imagine que você não seja o filho, mas o pai ou a mãe que carece de cuidados. Você abriria mão de ter em sua vida a presença das pessoas que você mais ama? Daria carta branca a elas para seguirem em frente, como se você não existisse, antes mesmo de você deixar de existir?
Jesus cuidou de Maria até o fim da vida Dele na Terra. Na cruz, preocupouSe mais com ela que Consigo mesmo. Como filho amoroso, Ele cumpriu a lei que Ele próprio havia entregado a Moisés no Sinai. Como deve ter sido bom ter tido um filho como Jesus! Você não acha?