Quarta-feira
25 de março
Eu escolhi viver
O coração alegre é como o bom remédio, mas o espírito abatido seca até os ossos. Provérbios 17:22, ARA

Sendo mãe e pai dos meus filhos, sempre cuidando da casa e da família, nunca parei para cuidar de mim mesma. Quando percebi, cheguei aos 54 anos de idade e a saúde não estava indo bem. Obesa, pesando 120 quilos e totalmente sedentária, sentia muitas dores pelo corpo e não tinha disposição para cuidar da casa. Tinha umas dores no braço esquerdo que me impediam até mesmo de segurar um copo com água. Eu chorava muito sem ninguém perceber e estava à beira de uma depressão! Não atendia quando alguém ia me visitar. E essa situação estava me matando. Resolvi fazer caminhadas pelas ruas do bairro; porém, o máximo que eu fazia era calçar os tênis, então sentava na cama para chorar. Não tinha forças nem disposição para nada.

Foi assim até que um dia, em uma reunião com os irmãos da igreja, cada pessoa começou a fazer seu pedido. Quando chegou a minha vez, o pastor disse que eu podia fazer um pedido bem difícil, que humanamente eu achasse impossível. Pedi aos irmãos que orassem a fim de que Deus me desse disposição para caminhar e emagrecer. Eu não havia saído de casa com o propósito de fazer esse pedido a Deus.

Esse foi o ponto da virada em minha vida. Percebi que eu não tinha forças para conseguir sozinha. Então passei a sentir o agir de Deus em minha vida. Comecei a fazer pequenas caminhadas de 30 minutos. Iniciar algo novo era extremamente difícil. Sair da zona de conforto para fazer exercícios parecia ser impossível. Mesmo assim, eu iniciei as caminhadas e nunca mais parei. A mudança que eu procurava estava nas renúncias que eu não fazia.

O tempo foi passando, e segui em frente confiando em Deus. Derrubava as muralhas que eu conseguia, enquanto Deus fazia a obra para mim em relação àquilo que eu não podia fazer.

Criei uma rotina com atividade física, uma alimentação saudável e muita oração. Passei a entender as coisas como realmente são e percebi que essa rotina poderia mudar minha história. E assim foi, dia após dia, sem olhar para trás. Aos poucos, tudo vai ficando mais leve, e você consegue se transformar, mudar e viver melhor. Não é a vida que muda. Somos nós que mudamos.

Um ano se passou, e 28 quilos ficaram para trás. A jornada ainda é grande e só acaba quando Jesus voltar, mas eu sei que a vitória é certa. Partilho minha história na esperança de ajudar outras pessoas que têm desafios a vencer. Com Deus, tudo fica mais fácil.

Nalva Maria G. Martins da Costa