Precisamos, com frequência, efetuar uma autoanálise a fim de compreender o que temos dito e feito. É necessário refletir sobre as motivações por trás do que realizamos de modo a constatar se estamos, de fato, caminhando em direção ao reino de Deus.
Sêneca, filósofo romano contemporâneo de Jesus, declarou: “É perigoso para um homem muito repentinamente, ou muito facilmente, acreditar em si mesmo. Portanto, vamos examinar, observar e inspecionar nossos próprios corações, pois somos nossos maiores bajuladores; devemos cada noite nos questionar: ‘Que fraquezas eu dominei hoje? A que paixões me opus? A quais tentações resisti? Que virtudes adquiri?’ […] É meu costume todas as noites […] repassar todas as palavras e ações do dia anterior; e não deixo nada escapar de mim; pois por que deveria temer ver meus próprios erros, quando posso aconselhar e perdoar a mim mesmo?” (A Vida Feliz [Jandira, SP: Princípios], p. 44).
Ellen G. White oferece conselhos semelhantes a todos que buscam formar um caráter justo: “Tornem […] as ações de cada dia assunto de cuidadosa reflexão e deliberado exame, a fim de conhecerem melhor seus hábitos de vida. Mediante a análise íntima de cada circunstância da vida diária, seria possível conhecer melhor os motivos e princípios que os regem. Essa revisão diária de nossos atos, para ver onde a consciência aprova ou condena, é necessária a todos os que desejam atingir a perfeição no caráter cristão. […]
“Para conhecermos bem a nós mesmos, é essencial investigarmos fielmente os motivos e princípios de nossa conduta, comparando nossas ações com a norma de dever revelada na Palavra de Deus” (Obreiros Evangélicos, p. 275, 276).
Esse exame, ao fim de cada dia, permitirá que tanto a oração quanto a confissão de pecados sejam mais específicas. Além do mais, isso nos levará a pensar no que deveríamos ter dito ou feito. Assim, também podemos planejar como proceder corretamente quando passarmos, no futuro, por situação semelhante. Desse modo, haverá verdadeiro progresso em nossa vida espiritual.