Na região de Timna, ao sul de Israel, uma região onde os israelitas acamparam por muitos anos, há uma réplica em tamanho natural do santuário – o templo móvel que acompanhou o povo de Israel por 40 anos e cujas instruções detalhadas para a construção Deus dera a Moisés no Sinai.
Por uma ilustração didática, como foi o santuário, Deus queria levar Seu povo a perceber a santidade de Si mesmo e de Sua Lei eterna, que mostrava a gravidade do pecado e apontava para o Cordeiro. A obediência deveria ser a resposta de gratidão a Deus por esse meio de salvação.
Arão, irmão de Moisés, era sumo sacerdote e pai de Nadabe e Abiú. Abaixo do pai, eles eram os mais importantes líderes espirituais em Israel. Chamados por Deus, subiram ao Sinai com Moisés e outros anciãos. Lá tiveram a compreensão da santidade, reverência e seriedade para lidar com as coisas sagradas. Esses privilégios tornavam grande sua responsabilidade diante de Deus e do povo. “A grande luz e os privilégios outorgados exigem uma retribuição de virtude e santidade correspondente à luz concedida. […] Grandes bênçãos e privilégios nunca devem nos embalar em segurança e despreocupação” (Ellen G. White, Patriarcas e Profetas, p. 360).
Então uma sombra pairou sobre a família sacerdotal. Por deliberada transgressão, Nadabe e Abiú usaram fogo estranho no incenso, em lugar do fogo aceso por Deus. Em razão desse grave pecado, não poderiam sair impunes, e morreram fulminados pelo fogo divino.
Deus é amor, mas também é justiça. Nadabe e Abiú haviam experimentado dádivas divinas do conhecimento e das manifestações de Deus e não tinham desenvolvido o hábito de obediência e firmeza pelo que é reto.
O Senhor permitiu a Arão apenas ficar em silêncio pela morte repentina dos filhos. Qualquer outra manifestação demonstraria simpatia pelo pecado terrível deles, levando o povo a murmurar. Deus reprova a falsa simpatia pelo pecador, que lhe desculpa o pecado, amortece suas percepções morais, diminui o tamanho de seu erro e lhe impede a busca por arrependimento.
É perigoso condescender com a desobediência. Ao administrar seu lar, não seja movida pela falsa simpatia, minimizando o erro explícito de seus queridos, atrapalhando a obra que o Espírito Santo de Deus deseja fazer no coração deles. Seja um instrumento de salvação em vez de perdição.