À igreja primitiva tinha sido confiada uma obra de constante ampliação – estabelecer centros de luz e bênção, onde quer que existissem pessoas sinceras e dispostas a se dedicarem ao serviço de Cristo. A proclamação do evangelho devia abranger o mundo, e os mensageiros da cruz não poderiam esperar cumprir sua importante missão a menos que permanecessem unidos pelos laços da afinidade cristã, revelando, assim, ao mundo que eles eram um com Cristo em Deus. Não tinha seu divino Guia orado ao Pai: “Guarda-os em Teu nome, que Me deste, para que eles sejam um, assim como Nós” (Jo 17:11)? E não declarara Ele com respeito a Seus discípulos: “O mundo os odiou, porque eles não são do mundo” (Jo 17:14)? Não pleiteara com o Pai que eles pudessem ser “aperfeiçoados na unidade” “para que o mundo creia que Tu Me enviaste” (Jo 17:23, 21)? Sua vida e poder espirituais dependiam de íntima relação com Aquele que os havia comissionado para pregar o evangelho.
Somente enquanto estivessem unidos com Cristo, os discípulos podiam esperar possuir o poder presente do Espírito Santo e a cooperação dos anjos do Céu. Com o auxílio desses divinos instrumentos, apresentariam ao mundo uma frente unida, e seriam vencedores no conflito que eram forçados a manter incessantemente contra os poderes das trevas. Enquanto persistissem em trabalhar unidos, mensageiros celestiais iriam adiante deles, abrindo-lhes o caminho; corações seriam preparados para a recepção da verdade, e muitos seriam ganhos para Cristo. Enquanto permanecessem unidos, a igreja avançaria “formosa como a Lua, pura como o Sol, formidável como um exército com bandeiras” (Ct 6:10). Nada lhe impediria o progresso. Ela avançaria de vitória em vitória, cumprindo gloriosamente sua divina missão de proclamar o evangelho ao mundo.
A organização da igreja em Jerusalém deveria servir de modelo para a organização de igrejas em todos os outros lugares em que mensageiros da verdade conquistassem conversos ao evangelho. Aqueles a quem fora entregue a responsabilidade da administração geral da igreja não deveriam assenhorear-se da herança divina, mas, como sábios pastores, apascentar “o rebanho de Deus” (1Pe 5:2) (Atos dos Apóstolos, p. 90, 91).