Quarta-feira
06 de novembro
Experiência
Chegue à Tua presença a minha oração; inclina os Teus ouvidos ao meu clamor. Salmo 88:2?

No dia 4 de abril de 1994, finalmente conseguimos sorrir vendo o rosto de nosso filho primogênito, Jake. Ele era tão lindo! Foi amor à primeira vista. As enfermeiras do hospital eram tão rápidas em cuidar de nós que, às vezes, antecipavam nossas necessidades antes mesmo de eu pedir! Jake mal chorava antes que uma enfermeira gentil e vigilante aparecesse na sala. 

Após sair do hospital, estávamos completamente sozinhos. A imagem idílica de uma mãe balançando e olhando amorosamente para os olhos de seu bebê logo se transformou em longas noites sem dormir, segurando nosso filho exigente chorando. Não demorou muito para que a vovó viesse nos socorrer com um sorriso sábio e uma panela com alguma comida deliciosa. Eu poderia tê-la beijado, mas minha boca já estava cheia dessa delícia de comida, e tenho certeza de que eu cheirava um pouco mal. 

Depois de uma boa refeição, um banho quente e uma soneca bem longa, acordei para encontrar um bebê feliz e contente nos braços da vovó. Jake cheirava a sabonete de bebê, o cabelo estava tão limpo quanto o pijama de pezinhos. A avó olhava amorosamente para ele enquanto o balançava. Sim, era idílico. Eu estava admirada com a capacidade da minha mãe saber exatamente o que Jake precisava. Ele chorava e ela dizia: “Oh, esse é o seu choro de fome”, ou “bem, parece que ele precisa trocar a fralda”, ou ainda “ah, o Jake quer fi car um pouco no seu colo”. Enquanto eu ouvia apenas o mesmo choro toda vez, minha mãe reconhecia uma necessidade em cada som ou tom diferente. Ela observava, ouvia e sabia o que fazer! 

Certo dia, perguntei: “Mãe, como você sabe a diferença entre os choros dele? Todos soam iguais para mim!” 

“Experiência”, ela respondeu com o mesmo sorriso gentil e sábio. Logo ficou cada vez mais fácil reconhecer e atender às necessidades do nosso filho.

Jake agora tem 24 anos e, ainda assim, como pais amorosos, o observamos e o ouvimos. Nosso Pai Celestial também conhece todos os nossos choros, a causa de cada desconforto. Quando precisamos de comida, Ele fornece nutrição física e espiritual. Quando estamos exaustas, Ele nos dá paz e descanso. Quando estamos sujas, Ele provê limpeza e um aroma com cheiro doce. Ele nos pede que amemos os outros de idêntica maneira. 

Vivemos em um mundo faminto, cansado e sujo, mas nossa experiência pode guiar nossa empatia e nos ajudar a atender às necessidades específicas dos outros em nome de Jesus. Esse é verdadeiramente o ideal! 

Kasey McFarland