Sábado
12 de outubro
Faça alguma coisa
Quem fizer injustiça receberá em troca a injustiça feita. E nisto ninguém será tratado com parcialidade. Colossenses 3:25

Em 1994, o mundo se deparou com uma imagem chocante e inquietante captada pelas lentes do fotógrafo Kevin Carter. O que a princípio era apenas uma fotografia, acabou por se tornar um ícone da fome e da miséria no Sudão. Na foto, um menino franzino e debilitado, com uma pulseira que denunciava sua desnutrição severa, estava a poucos metros de distância de um abutre faminto. Uma cena perturbadora que mostrava a crueldade da vida naquele lugar e que deixou o mundo todo em choque. 

Kevin Carter, mesmo diante daquela cena perturbadora, decidiu apenas fotografar. Não agiu, como muitos esperavam, e não ajudou o menino que agonizava à sua frente. A atitude do fotógrafo gerou grande indignação por parte das pessoas, que o acusaram de insensibilidade e falta de humanidade. Mesmo com o Prêmio Pulitzer conquistado por sua foto, Kevin Carter não conseguiu suportar o peso da culpa e acabou por tirar a própria vida naquele mesmo ano. Uma triste história que nos mostra a importância de agirmos com compaixão e solidariedade diante do sofrimento alheio. 

Por outro lado, existe a história de um homem que decidiu dedicar sua vida para ajudar os necessitados. Albert Schweitzer foi um teólogo, filósofo, músico e médico que deixou sua vida de conforto na Europa para ir ao Gabão e cuidar dos doentes em um hospital em Lambaréné. Mesmo diante das adversidades, ele nunca deixou de exercer sua profissão com amor e dedicação, e ainda encontrava tempo para tocar brilhantemente as obras de Johann Sebastian Bach para os moradores locais. Schweitzer recebeu o Prêmio Nobel da Paz em 1952. Ele costumava dizer: “Um homem só pode fazer o que está ao seu alcance. Mas se ele fizer isso todos os dias, poderá dormir bem à noite e, no dia seguinte, continuar fazendo o que está ao seu alcance.” 

A história nos ensina que cada um de nós pode fazer a diferença na vida das pessoas, basta agirmos com amor e compaixão. Por isso, eu o convido a ser um Schweitzer anônimo em seu próprio viver e a ajudar aqueles que mais precisam, seja com um gesto simples ou com uma atitude grandiosa. Afinal, respeitar a vida é nossa primeira obrigação.