O pastor luterano Martin Niemöller se tornou conhecido no auge do nazismo. Inicialmente, ele apoiou o regime de Adolf Hitler, mas, depois, se opôs veementemente, a ponto de ser enviado a um campo de concentração. Criticando a atitude de se omitir diante do mal, ele disse: “Um dia, vieram e levaram meu vizinho, que era judeu. Como não sou judeu, não me incomodei. No dia seguinte, vieram e levaram meu outro vizinho, que era comunista. Como não sou comunista, não me incomodei. No terceiro dia, vieram e levaram meu vizinho católico. Como não sou católico, não me incomodei. No quarto dia, vieram e me levaram. Já não havia mais ninguém para reclamar.”

Essas palavras do pastor Niemöller são uma adaptação de um poema russo e expressam uma questão profunda da sociedade de seu tempo e, também, do nosso: há pessoas que podem fazer o bem, mas se omitem de fazê-lo. Esse é o assunto do provérbio de hoje.

Todos os dias, nós temos oportunidades de fazer o bem. Existem pessoas com fome nas ruas, crianças pedindo dinheiro nos semáforos, vizinhos doentes precisando de um amparo, um colega de classe precisando de uma ajuda nos estudos, etc. Se você prestar atenção, perceberá muitas possibilidades a seu redor.

Algumas vezes deixamos de fazer o bem para alguém porque achamos que a pessoa não merece. O versículo de hoje é bem enfático ao dizer que devemos fazer o bem a quem precisa, não a quem merece. Essa é a atitude que Jesus nos ensinou.

Ele deixou Seu trono no Céu e a adoração dos anjos para vir auxiliar os seres humanos na Terra. Você acha que nós merecíamos? Claro que não! Mesmo assim, Cristo pagou um preço altíssimo vindo aqui para nos fazer um bem que só Ele poderia oferecer.

Como cristãos, devemos seguir o exemplo do Mestre. Sem julgar se a pessoa merece ou não, se está ao nosso alcance, devemos ajudar o próximo. Se nos desviarmos de um necessitado, estaremos ofendendo de maneira direta ao Senhor Jesus. Ele mesmo disse: “Digo-lhes a verdade: o que vocês deixaram de fazer a alguns destes mais pequeninos, também a Mim deixaram de fazê-lo” (Mateus 25:45).

Não importa se a ajuda é oferecer o assento do ônibus, dar comida ao faminto, ouvir o desabafo de um colega ou varrer a casa de um vizinho doente. Deus espera que não nos omitamos de realizar o bem. Faça disso uma prática constante em sua vida.