Domingo
05 de março
Fator medo versus fator fé
Busquei o Senhor, e Ele me respondeu; livrou-me de todos os meus temores. Salmo 34:4

Pobre cãozinho! Seu nome é Peach [Pêssego]. Quando sente medo, ele fica muito ofegante. Late. Não sabe o que fazer consigo mesmo. Tem medo de trovoada, de tiroteio, de qualquer som alto. Por que ele entra em pânico, sendo que nenhuma dessas coisas o machucou alguma vez? Com muita frequência, ele parece viver no seu mundo com o “fator medo”.

Ontem à noite, quando começaram as trovoadas, Peach não parava de latir. Deixei que ele entrasse em casa, e ele se escondeu sob a mesa da cozinha. Ele se sente confortado ao estar dentro de casa conosco, já que somos seus melhores “amigos”. Quão semelhante, porém, é o seu comportamento com o nosso! Quando estamos com medo, queremos ficar com alguém. A presença de outra pessoa nos ajuda a dissipar e desvanecer o temor. Infelizmente, Piche não pode ficar dentro de casa à noite, devido ao risco de acidentes. Uma vez tentei fazer um cantinho onde ele pudesse permanecer, mas ele ficava arranhando para sair. Por algum motivo, aquele dormitório improvisado não lhe servia. Assim, precisava ir para fora, para o pátio dos fundos, e enfrentar seus medos. Ali ele tem sua casinha, mas, às vezes, não se sente seguro nela. Ele procura um local bem no fundo do galpão, onde ninguém possa vê-lo.

Em uma noite tempestuosa, deixei Peach entrar em casa para acabar com seus latidos. Ele se acomodou logo, mas em pouco tempo chegou a minha hora de dormir. Coloquei Peach de volta no quintal. Au! Au! Au! Quero entrar! Em vez de satisfazer seu desejo, saí para ficar com ele. Ele pôs a cabeça sobre meus joelhos enquanto eu o acariciava e falava com ele. Peach se acalmou e, felizmente, aconteceu o mesmo com a tormenta. Acabaram-se os trovões. Nada mais de barulho. Peach sentiu segurança suficiente para dormir na casinha, sem mais problemas naquela noite. Muito obrigada, Senhor, por acalmares o temporal.

Ninguém gosta de sentir medo. Às vezes, como Peach, vivo em meio ao fator medo, em vez de viver com o fator fé. Quando faço minha caminhada pela manhã, muitas vezes temo que algum cachorro solto apareça e tente me morder. Percebo que não consigo desfrutar esses momentos se estou com medo. Assim, agora, antes de sair para caminhar, oro pedindo que Deus cuide de mim. Alguns versos me vêm à mente, como: “O meu Deus enviou o Seu anjo, que fechou a boca dos leões” (Dn 6:22). Seguramente, se Deus pode lidar com leões, Ele pode também impedir que cães e outros perigos me “mordam”.

Senhor, Tuas palavras me acalmam os temores. Mostra-nos com frequência que, à semelhança de um bom amigo, estás sempre conosco, oferecendo-nos paz por intermédio da Tua Palavra quando os temores nos ameaçam. Transforma nosso medo em fé.

Rosemarie Clardy