Quando eu, Everton, iniciei o curso de Direito, nenhuma instituição adventista o oferecia. Por isso, optei por cursá-lo em uma universidade pública na Bahia. Na primeira semana de aula, os alunos veteranos invadiram nossa sala para o trote. Basicamente, eles queriam que todos fôssemos para um bar em frente à universidade, chamado “Inferninho”, para que bebêssemos e pagássemos bebidas alcoólicas para eles.
Ao ser abordado por um deles, eu disse que era cristão. Por esse motivo, não bebia nem pagava bebida alcoólica para ninguém. Ele insistiu, mas, quando percebeu que eu não cederia, saiu de perto de mim e voltou com seis colegas, os maiores da turma. Eles então começaram a me pressionar com empurrões e insinuações de que, se necessário, usariam a violência para que eu cedesse à pressão. Fiquei com medo, mas falei com muita convicção: “Vocês não entenderam, eu não bebo nem pago bebida para ninguém! Como vocês são estudantes de Direito, acredito que conhecem as implicações de seus atos. Portanto, façam o que quiserem, mas assumam as consequências.” Eles me deram um último empurrão e foram embora.
Esse episódio me faz lembrar da experiência de Sadraque, Mesaque e Abede-Nego. Esses três servos de Deus tiveram que decidir entre permanecer fiéis ou ser jogados em uma fornalha ardente. O testemunho deles, dado em circunstâncias muito piores, me inspirou a não negociar meus princípios e valores.
Em minha turma havia outros dois jovens adventistas. Pela graça de Deus, todos nós permanecemos fiéis durante os cinco anos do curso. Na formatura, Adelson foi apresentado como o cantor da turma; David, como alguém que “não parecia ser deste mundo”; e eu fui chamado de “pastor da turma”.
Permaneça fiel à vontade de Deus, pois Ele deseja usar você como um instrumento para manifestar Sua glória perante o mundo.