Nasci em um lar cristão, mas não sentia a presença de Jesus em meu coração. Ia à igreja com meus pais por tradição e para agradá-los. Aos 1? anos, eu me afastei completamente. Algumas vezes ainda visitava a igreja, participava de retiros e congressos. O Espírito Santo falava ao meu coração, mas eu não me sentia preparada para voltar.
Em 2012, ao participar de um congresso, retornei para a igreja. Logo depois, descobri que estava grávida. Meu esposo e eu ficamos atônitos e muito felizes. Pedi a Jesus que me ajudasse a conhecê-Lo, e Ele me ouviu.
Nos primeiros exames pré-natais descobrimos que algo errado estava acontecendo com o bebê. Foram 36 semanas de tensão até seu nascimento com uma síndrome rara. Ele teve que ser submetido a uma cirurgia com apenas 24 horas de nascido. Especialistas diziam que, se ele sobrevivesse, a expectativa de vida seria de quatro meses.
Diante desse quadro, sentimos que tínhamos uma missão: orar e encontrar todos os meios possíveis para salvar a vida de nosso filho. E Deus foi colocando em nosso caminho anjos em forma de pessoas, família, amigos e nossos pais. Ele foi intervindo nos hospitais, nos exames, nas equipes médicas, nos auxílios financeiros. A situação foi se normalizando, mas, sete meses depois, veio outra turbulência: o intestino do bebê parou de funcionar. Foram necessárias duas cirurgias de emergência e vários dias na UTI. A situação era muito grave, porém decidimos ir contra as expectativas humanas.
Constantemente a expressão de Êxodo 14:15 vinha à minha mente: “Marche!” Eu cantava no ouvido do bebê em coma na UTI: “Seja forte e corajoso, não temas, nem te espantes, porque o Senhor teu Deus é contigo.” Fizemos vigílias de oração no hospital. No Facebook, havia igrejas de vários estados intercedendo. E Deus foi abrindo as portas uma a uma. O tempo passou e foi feita a reconstrução do canal retal com um sistema fisiológico adaptado.
Depois de sete cirurgias, hoje meu filho tem uma vida quase normal. Daniel é um milagre, um garotinho feliz, saudável e muito amado. Foi preciso eu ser totalmente quebrada para enxergar a Jesus. Não foi do meu jeito, mas do jeito Dele. Aprendi que nós, mulheres, precisamos ser guerreiras em uma vida de intercessão! Hoje sinto
o desejo de gritar para as pessoas que não existe vida sem joelhos no chão. Minha missão é falar das maravilhas que Deus fez em minha vida por meio da oração.
Cliviane Lago Santos