Segunda-feira
30 de dezembro
Fogo e água
A resposta branda desvia o furor, mas a palavra dura suscita a ira. Provérbios 15:1?

Eu estava tendo desafi os no trabalho. Uma enfermeira específi ca criticava tudo que eu fazia. Em vez de ouvir minhas explicações, essa enfermeira me corrigia de uma forma que me fazia sentir menos do que competente. Ela não me dava nenhum retorno positivo nem a ajuda para que eu aprendesse mais. Após meses lidando com essa situação, estava me sentindo frustrada e desanimada, pois nada do que eu fazia parecia mudar a situação. 

Certo dia, quando isso já estava acontecendo havia pouco mais de um ano, fiquei tão frustrada que peguei minhas coisas no vestiário e fui até o carro, em vez de calçar minhas botas de neve. A auxiliar de medicação, que estava usando meu computador durante o dia, notou que eu ainda estava conectada ao computador e gentilmente veio me buscar para que eu pudesse salvar algum trabalho e desconectar antes que ela se conectasse. 

Enquanto eu estava desligando o computador, a assistente da diretoria entrou. Perguntei se ela dispunha de um minuto para conversar. Ela disse que sim e começou a fechar uma porta do escritório enquanto indicava para eu fechar a outra. Antes que eu pudesse sentar e abrir a boca, ela disse: “É sobre a [nome da enfermeira], não é?” Tivemos uma boa conversa e gostei da compreensão e a perspectiva que ela compartilhou sobre essa situação. 

Durante essa conversa, me ocorreu o pensamento: Você não combate fogo com fogo, mas com água. Afinal, “a resposta branda desvia o furor”. Eu havia tentado falar com essa enfermeira, então sabia que minha “resposta branda” não poderia ser com palavras. Minha resposta branda seria tentar fazer o meu melhor para ter tudo corretamente alinhado, certificando-me duplamente de não cometer o mesmo “erro” duas vezes e apenas deixá-la falar o que pensa. Tentei tratá-la de maneira profissional e, simultaneamente, não permitir que seu tratamento me fizesse sentir incompetente. Mais tarde, eu poderia decidir se o que ela dizia estava correto ou estava apenas sendo meticulosa. Dessa forma, eu poderia extrair todo o aprendizado que pudesse de cada situação. Essa estratégia pareceu funcionar e, gradualmente, chegamos ao ponto em que podíamos nos comunicar em nível profissional. Como a cereja no topo do bolo, pude entregar a ela o relatório do meu último dia na instalação sem incidentes! “Vençam o mal com o bem”. 

Melinda Ferguson