Domingo
14 de abril
Folha verde
É como árvore plantada à beira de águas correntes: Dá fruto no tempo certo e suas folhas não murcham. Tudo o que ele faz prospera! Salmo 1:3

Oval, redonda, triangular, estrelada, cilíndrica, fina e comprida como um fio de macarrão ou pontuda como uma lança. O Criador não economizou no formato e no tamanho das folhas. Elas podem ser invisíveis à vista ou gigantescas como as das bananeiras e das palmeiras. Quando a água das chuvas bate nas folhas das plantas, remove os sais minerais filtrados por elas e carrega-os para o solo, onde são absorvidos pelas raízes.

As folhas são o laboratório verde das plantas. Absorvem a energia luminosa do Sol e a usam para transformar o gás carbônico do ar e a água, rica em sais minerais, em substâncias orgânicas. Isso é a fotossíntese. Com uma lupa ou, melhor ainda, com um microscópio, você pode ver as nervuras das folhas. É por essa intrincada rede que as substâncias orgânicas correm. Há, porém, um tipo de folha que não tem nervuras. Nas briófitas e nas algas, a seiva circula de célula em célula, sem a existência de vasos se interligando.

Na Ilha do Bananal, vi índios carajás lixando madeira com um tipo de folha escabra. Ela é revestida de pelos curtos e rígidos que a deixam áspera como uma lixa. Na falta de esponja de aço, também pode ser usada para lavar a louça.

Algumas plantas têm folhas perenes. Elas não caem com facilidade. É o caso da mangueira e do abacateiro. Outras, porém, as decíduas ou caducas, caem periodicamente (especialmente no inverno). A amoreira e o caquizeiro, por exemplo, ficam “no osso”. Isso acontece quando as auxinas, o hormônio do crescimento das plantas, diminui. Forma-se então, na base do pecíolo (parte que liga a folha ao galho), uma camada que bloqueia a passagem da seiva. Ela é tão frágil que uma leve brisa pode fazer a folha cair.

Os que zombam de Deus são como folhas carregadas pelo vento. Mas os que sentem alegria em fazer a Sua vontade são comparados às árvores cujas folhas não caem. É como se estivessem plantados à beira de um riacho. Próximo a Juazeiro da Bahia, em uma região agreste e seca, passei por um lugar assim. Era um riachinho estreito, ladeado por um clima de deserto. Seguindo as margens, porém, havia palmeiras, arbustos, aves e insetos. Assim, onde Jesus está há vida.