Conheci meu marido quando eu estava com 15 anos de idade. Quando decidimos nos casar, eu tinha 18, e ele, 22 anos. Ele sempre teve uma saúde frágil e, mesmo jovem, era diabético.
Com o passar dos anos, nós formamos nossa família. Tivemos três lindas meninas, que trouxeram alegria ao nosso lar. No entanto, a doença foi trazendo suas consequências e, além de dialético, ele se tornou insuficiente renal. Sempre oramos pedindo o milagre da cura, mas não aconteceu. Ao ser notificado de que seria necessário fazer diálise, procuramos tratamento natural, e o Senhor nos abençoou com mais oito anos de estabilidade.
Aos 46 anos, os tratamentos do meu marido não se mostravam mais tão eficientes quanto antes. Então, de forma enfática, o médico disse que havia duas alternativas: a de realizar diálise – e para esta seria necessário entrar na fila para o transplante duplo de pâncreas e rim, que seria um pouco mais demorado – ou apenas o transplante renal, o que nos abriria mais duas possibilidades: esperar na fila de transplantes por um falecido ou aguardar por doador vivo de tipo sanguíneo compatível. Sem sombra de dúvidas fui a primeira pessoa a me dispor a fazer os testes necessários para doação.
O Senhor ouviu nossas súplicas, pois meu esposo e eu tínhamos o mesmo tipo sanguíneo, tenho excelente saúde, e isso cooperou para que eu me tornasse a doadora. Passado mais de um ano, em agosto de 2012, fomos internados para realizar os procedimentos relativos ao transplante que, para honra e glória do Senhor, foi finalizado com sucesso. Dentre muitas outras, essa situação fez com que a nossa família pudesse mais uma vez ser beneficiada com as misericórdias de um Deus poderoso e amoroso.
Saiba que neste mundo sempre teremos aflições, mas tenha a plena certeza de que “o Senhor é bom. Em tempos difíceis, Ele salva o Seu povo e cuida dos que procuram a Sua proteção” (Na 1:7, NTLH).
Beatriz Martins Gomes Ferreira