A arte do estêncil [moldes vazados] vem desde o século 18, quando essa primitiva arte americana foi criada e implementada por singelos artistas itinerantes que viajavam pelo interior do país. Tudo o que um artista levava consigo era um kit que continha tintas secas, pincéis, instrumentos de medir, um prumo, um pedaço de giz e moldes recortados de papelão. Ele misturava as cores com leite desnatado e enfeitava paredes brancas com flores, folhas e grinaldas.
Essa arte pedia cores fortes, duradouras, como preto, verde, amarelo, rosa e vermelho. O azul raramente era usado porque tendia a desbotar. Essas cores foram também usadas na arte das cavernas e na decoração de igrejas primitivas. De 1778 até os primeiros 25 anos do século 19, os mesmos motivos tinham uso generalizado para decorar as casas.
Quando minha filha, Gail, e seu esposo, Douglas, se estabeleceram em Danville, Virgínia, nós aplicamos essa decoração em uma faixa ao redor da gigantesca sala de estar de sua casa construída em 1860. Fizemos esse trabalho ao redor de todos os cantos, passando pela escada de acesso ao segundo piso. Minha casa de campo também tem essas pinturas em vários quartos.
Embora ainda usada hoje, a arte dos moldes vazados, que consome tempo e exige paciência, é muitas vezes substituída pela aplicação mais rápida de acabamentos com papel de parede. Isso parece funcionar melhor para muitas pessoas, nesta época de ritmo acelerado.
Certa vez, surpreendi minhas meninas. Quando voltaram da escola para casa, certo dia, descobriram que mamãe havia pintado margaridas em uma parede. Que surpresa e encanto essa mudança representou para elas! Deus também deleitou os filhos de Israel quando ordenou que construíssem um belo santuário a fim de que pudesse habitar entre eles. Ordenou, inclusive, que usassem certas cores – as mesmas frequentemente usadas pelos primeiros artistas do estêncil – para decorá-lo. Ele habilitou homens e mulheres a se tornarem artistas, que pacientemente criaram belos motivos para encantar a todos e enriquecer sua experiência de adoração.
Hoje, Deus tem muitas outras surpresas reservadas para nós enquanto, com infinita paciência, nos conduz às fronteiras do Seu santuário, aplicando Sua beleza ao nosso caráter. Seu amor por nós é profundo, ao preencher cada dia com as Suas maravilhas – sejam elas uma flor silvestre, um dourado pôr do sol ou um renovado convite para que aprendamos e pratiquemos com paciência a arte do Seu amor.
Laurie McClanahan