Eu saí da minha sala em direção à sala de aula em mais uma manhã de trabalho. Ao me aproximar do corredor, comecei a ouvir gritos de terror das meninas. Chegando próximo à porta, vi várias moças correndo e percebi que algumas estavam em cima das cadeiras, gritando.
Perguntei o que era aquele tumulto, e a resposta foi que havia um inseto no ambiente. Entrei e constatei que uma “terrível e gigantesca” barata estava circulando pela sala, e uma parte das meninas estava fugindo daquele animal “feroz e perigoso”.
Baratas em salas de aula não oferecem risco à vida de ninguém, mas a reação de repulsa que provocam em algumas pessoas bem que poderia se manifestar em nossa vida também em relação ao pecado. A Bíblia está repleta de orientações nesse sentido, e a pretensão divina com isso é despertar em nós o devido medo em relação à quebra da lei divina. O apóstolo Paulo, por exemplo, aconselhou: “Fujam da imoralidade sexual” (1 Coríntios 6:18). Ao jovem pastor Timóteo, exortou: “Fuja das paixões da mocidade e procure viver uma vida correta, com fé, amor e paz, junto com os que com um coração puro pedem a ajuda do Senhor” (2 Timóteo 2:22, NTLH). O provérbio de hoje nos alerta a ficarmos longe das pessoas e lugares que nos tentam.
Quando falamos em fuga, existem duas grandes decisões que todo ser humano terá que tomar ao longo da vida. A primeira é fugir do pecado. Nesse caso, a fuga é uma necessidade por, pelo menos, dois motivos. Em primeiro lugar porque o pecado nos persegue. Satanás não se cansa de trabalhar para nos fazer cair em tentação. Toda a sua sagacidade é utilizada em função de nos atingir.
Em segundo lugar, temos que fugir do pecado porque a nossa natureza nos impulsiona para ele. Como todo ser humano, o apóstolo Paulo vivia esse conflito interno: “Pois o que faço não é o bem que desejo, mas o mal que não quero fazer, esse eu continuo fazendo” (Romanos 7:19). Se não tivermos uma atitude deliberada de nos afastarmos do mal, cedo ou tarde, cairemos.
Ou decidimos fugir do pecado durante a vida ou teremos a segunda opção: fugir da ira de Deus no juízo final. João descreve esse dia trágico. Os perdidos gritarão “às montanhas e às rochas: ‘Caiam sobre nós e escondam-nos da face Daquele que está assentado no trono e da ira do Cordeiro!’” (Apocalipse 6:16). Não há como escapar de uma das duas fugas.
Decida, portanto, correr em direção aos braços de Deus. Assim, você estará seguro do mal.