Domingo
06 de novembro
Fugindo da dor
Quando este corpo corruptível se revestir da incorruptibilidade e o que é mortal se revestir da imortalidade, então se cumprirá a palavra que está escrita: “Tragada foi a morte pela vitória.” 1 Coríntios 15:54

Mais de 15 atrás, em junho, nosso helicóptero caiu com três funcionários a bordo, e todos morreram. Minha mãe morreu em outubro, a mãe da minha melhor amiga morreu em janeiro, minha sogra morreu em abril, meu irmão morreu em novembro, e meu pai morreu em março do ano seguinte. Dentro de dois anos, meu esposo e eu sofremos 36 mortes de amigos chegados e membros da família.

Em minha opinião, isso não deveria acontecer até que fôssemos bem mais velhos, pois éramos muito jovens para perder tantas pessoas, pessoas que queríamos e precisávamos na nossa vida. Eu me acheguei ao Senhor? Sim, mas depois me retraí, porque minha raiva não estava direcionada somente aos acidentes, idade e problemas de saúde. Eu estava argumentando com Deus. Por que Jesus não voltou antes que aquelas pessoas morressem a fim de que eu não vivesse sem elas?

Deus simplesmente me segurava como um bebê; mas, quando isso acontecia, não durava muito. Minhas tias, as irmãs mais novas da minha mãe, me diziam que, após cinco anos, eu deveria ter superado a morte da minha mãe. Então me retraí ainda mais. Ouvi meu esposo dizer que ele queria sua esposa de volta, mas eu não sabia que ela tinha ido embora.

Certa manhã de sábado, o pastor Atkins viu minhas lágrimas, e eu lhe disse que sentia muita saudade da minha mãe, e isso estava me matando. Eu sentia como se eu estivesse morrendo, mas escondia isso com um sorriso, uma máscara. Em sua sabedoria, ele me deu um abraço forte e me deu permissão para sentir a falta da minha mãe sempre que eu precisasse. Ele continuava sentindo a falta da mãe dele, que já havia morrido havia muito mais tempo que a minha, ele me confidenciou.

Meus argumentos com Deus foram diminuindo. Ele era tão paciente quanto eu era impaciente, e Ele usou meu pastor para me mostrar que minhas tentativas de fugir da dor estavam piorando a situação. Cada uma de nós precisa passar pelo processo de perda, de viver o luto à nossa maneira e em nosso próprio ritmo. E não há nenhum problema nisso.

Jesus sofreu enquanto Lázaro jazia morto atrás de uma grande pedra, e depois Ele o trouxe de volta à vida. É isso o que Ele fará com nossos queridos também! E não tardará. Essa é a minha oração. Então estaremos todos juntos novamente.

Sally J. Aken-Linke