A massa do pão é mole e compacta, mas depois que vai ao forno se torna fofa e passa a ocupar o dobro do espaço anterior. O que provoca isso é o fermento biológico, que produz minúsculas bolhas de gás ao ser misturado à farinha. Ele também é chamado de levedura. Existem dois tipos de fermentos: químico e biológico. Para fazer o pão, geralmente, usa-se o biológico, assim chamado porque é formado por centenas de microrganismos vivos. O nome deles é um “palavrão” científico: Saccharomyces cerevisiae.
Os fungos do fermento têm um tipo de vida latente e, ao entrarem em contato com a farinha e o oxigênio, passam a respirar e a se multiplicar. Os átomos e moléculas dos gases expandidos se movem rapidamente e se empurram uns aos outros, tentando ocupar mais espaço. O resultado dessa “briga” é o crescimento do pão. Isso fica mais fácil ainda quando o fermento é bom e tem o tempo e o calor suficientes para agir.
O povo de Israel comemorou a primeira Páscoa quando estava saindo do Egito. Cada família deveria matar um cordeiro, espalhar o sangue do animal no batente da porta e comer a carne assada com pão sem fermento e uma bebida de ervas amargas. Deveriam fazer isso rapidamente, pois estavam fugindo. A Páscoa é uma tradição judaica e até hoje é comemorada em Israel. Jesus participou com Seus discípulos, mas introduziu algumas modificações na cerimônia.
A primeira delas é que não era preciso comer um cordeiro nem espalhar o sangue nas portas, pois Ele mesmo, Jesus, era o Cordeiro de Deus que seria morto na cruz. O chá de ervas amargas foi substituído por suco de uva. Não era uma bebida fermentada, alcoólica, pois tornara-se um símbolo do sangue que Jesus derramaria na cruz. O único elemento mantido foi o pão, que representa o corpo de Cristo. O motivo de não ser feito com fermento é que esses micróbios simbolizam o pecado.
A Páscoa atual é a Santa Ceia. Ao tomar o suco de uva e comer o pão, estamos dizendo que somos livres e acreditamos em Sua vinda. Na próxima vez que a Santa Ceia for realizada em sua igreja, lembre-se de que Jesus deseja estar dentro de você, fazer parte de seus pensamentos e de seu corpo. Não vejo muita vantagem nisso para Ele, mas para nós é uma oferta irrecusável.