Muitos têm uma compreensão equivocada da oração. Acreditam que orar é como comprar pela internet. Basta entrar no site, escolher o produto e aguardar ansiosamente até que ele seja entregue. Essa visão despoja a oração de sua principal finalidade, que é a comunhão com Deus.
Quem nunca orou pensando apenas na bênção que gostaria de receber, sem se questionar se o pedido feito está de acordo com a vontade de Deus? Com certa frequência, somos descuidados e não oramos como convém. Por causa dessa atitude é que o Espírito Santo atua como nosso intercessor na oração. Sobre isso, Ellen G. White escreveu: “Ele abranda o coração, ilumina a mente, capacitando-a a discernir seus próprios desejos; Ele acelera nossos desejos, causando-nos fome e sede de justiça; Ele intercede em favor do suplicante sincero” (Jesus, Meu Modelo, p. 37).
Conta-se a história de um garoto órfão que estava em uma igreja balbuciando desesperadamente o que parecia ser uma oração. Então, o pastor daquela congregação se aproximou e percebeu que o menino estava recitando com fervor as letras do alfabeto. Ao perceber a presença do religioso, o garoto parou de orar, e o pastor lhe perguntou: “Por que você está repetindo as letras do alfabeto desse jeito?!” Com os olhos lacrimejando, o menino respondeu: “É que eu não sei orar. Por isso estou pronunciando as letras na esperança de que os anjos as juntem e formem as melhores palavras para mostrar a Deus que Ele é tudo o que tenho.” Emocionado, o pastor disse ao garoto: “Filho, estou certo de que essa foi uma das mais belas orações que Deus já ouviu. Sabe por quê? Na oração é melhor ter um coração sem palavras do que palavras sem coração.”
A oração também envolve nossas intenções e nossos sentimentos. Deus nos conhece e sabe do que precisamos, mas, antes de nos abençoar, Ele espera que aprendamos a colocar nosso coração em sintonia com o Dele, pois isso é o mais importante. Quem conhece a Deus sabe o que pedir e como pedir. Sendo assim, considere reservar um tempo diário de qualidade para conversar com Ele.