Alguém disse certa vez que a igreja não é uma galeria de santos, mas um hospital para pecadores. Essa é uma grande verdade. Nessa comunidade de fé criada pelo próprio Jesus, não há um justo sequer, ou seja, ninguém está incontaminado pelo pecado (Rm 3:10). Somente Cristo – o cabeça da igreja – é “santo, inculpável, puro, separado dos pecadores” (Hb 7:26).
No entanto, essa realidade não deve ser um pretexto para que vivamos na prática do pecado. O hospital não existe para que os doentes permaneçam como estão, mas oferece o tratamento necessário para que haja cura e restabelecimento. O apóstolo João escreveu: “Meus filhinhos, escrevo a vocês estas coisas para que vocês não pequem. Se, porém, alguém pecar, temos um intercessor junto ao Pai, Jesus Cristo, o Justo” (1Jo 2:1).
Jesus é o remédio para os doentes e o conforto para os desanimados. Ele é especialista em transformar corações! Para a mulher adúltera, Ele disse: “Eu também não a condeno. Agora vá e abandone sua vida de pecado” (Jo 8:11). Para o paralítico de Cafarnaum, Ele afirmou: “Filho, os seus pecados estão perdoados” (Mc 2:5). Para o homem que estivera possuído por uma legião de demônios, Ele disse: “Vá para casa, para a sua família e anuncie-lhes quanto o Senhor fez por você e como teve misericórdia de você” (Mc 5:19).
A igreja precisa ser uma extensão de Jesus. Como Seus seguidores, devemos amar como Ele amou, servir como Ele serviu e amparar os necessitados como Ele amparou. As pessoas em nossa comunidade têm visto Jesus em nossas palavras e ações? Como você tem lidado com os menos favorecidos e com aqueles que cometeram pecados públicos?
Ellen White escreveu: “Devemos tratar os outros da mesma maneira que desejamos que o Senhor lide com nossos erros e fraquezas” (Testemunhos Para a Igreja, v. 3, p. 81 [93]).
Meu apelo a você hoje é que trate as pessoas da mesma forma como gostaria de ser tratado. Ame mais e julgue menos. Em vez de compartilhar a notícia do erro dos outros, ore por eles. Nesse “hospital” de pecadores, precisamos mais dos abraços da graça do que dos dedos de acusação.