A honestidade parece estar fora de moda: um artigo cada vez mais raro. A ganância se passa por virtude, e as pessoas ficam cada vez mais apáticas ao que se refere à integridade e justiça. Nesse cenário, os valores humanos se alteram e até a desonestidade se torna algo do dia a dia.
A Bíblia tem muitas advertências para a insensibilidade humana quando o assunto é desonestidade, mesmo aquela aparentemente leve e inofensiva. Por exemplo, há uma séria repreensão para aqueles que gostam de “enrolar” os outros. Gente que tem dinheiro, mas, quando se encontra com o outro, diz: “Amanhã eu pago.” Você já viu gente assim, que deve e não paga? Esse caso é citado negativamente na Bíblia: “Não diga ao seu próximo: ‘Volte amanhã, e eu lhe darei algo’, se pode ajudá-lo hoje” (Pv 3:28). Além disso, é dito: “Não deixe de fazer o bem a quem dele precisa” (Pv 3:27).
Há inúmeros conselhos bíblicos para os considerados “pecadinhos”. “Não acuse alguém sem motivo, se ele não lhe fez nenhum mal” (Pv 3:30). Quantas vezes falamos da vida de outra pessoa e a julgamos negativamente somente por um preconceito ou uma incompreensão? Diante de Deus, esse é um pecado terrível.
Esse assunto é realmente sério. Deus relaciona Seu auxílio a nosso compromisso com a honestidade: “Você clamará ao Senhor, e Ele dirá: Aqui estou. Se você eliminar do seu meio o jugo opressor, o dedo acusador e a falsidade do falar” (Is 58:9). “Pois o Senhor detesta o perverso, mas o justo é Seu grande amigo” (Pv 3:32).
As desonestidades aparentemente leves que praticamos sem sermos incomodados por nosso senso de justiça não são ignoradas por Deus. Ele trata as pessoas desonestas como perversas, mas aquelas que se preocupam com a justiça, Ele as trata de forma especial e com intimidade. Se tudo o que mais desejamos na vida é a aprovação de Deus, então o caminho é a honestidade nas mínimas coisas. Ainda que aparentemente pequenas, essas coisas têm enorme importância para preservar relacionamentos e nos manter em comunhão com Deus.