Eu tinha um problema, um problema grave: havia perdido o desejo de viver. Para dizer a verdade, eu queria morrer, e o suicídio parecia a única saída.
Por um bom tempo, recusei-me a admitir, até para mim mesma, que havia um problema. Até mesmo quando, por fim, cheguei a entender que estava em dificuldade, não queria reconhecer minha necessidade de ajuda. Nem pedi-la.
Assim, durante meses, lutei sozinha. O auxílio estava disponível, se tão somente eu tivesse a humildade de admitir minha necessidade dele. Agora vejo que eu poderia ter reduzido grandemente o meu sofrimento ao simplesmente solicitar ajuda. Devido ao meu orgulho, achei que conseguiria, eu mesma, consertar o problema. E se por acaso não conseguisse, eu simplesmente me resignaria à minha sorte.
Cada um de nós sofre de dois problemas: o pecado e sua consequência, a morte. O pecado nos separa de Deus, e a morte é o seu resultado.
A fim de prover uma solução para esses problemas, Cristo veio à Terra, viveu uma vida sem pecado e morreu em nosso lugar. Sua vida toma o lugar da nossa, cheia de pecado, e Sua morte substitui a morte que todos devemos morrer (ver Rm 5:10).
O auxílio está aí, e Cristo espera para concedê-lo a nós. No entanto, devemos primeiro perceber o problema, reconhecer nossa necessidade por meio da oração e nos dispormos a receber Seu auxílio.
Com muita frequência, o orgulho nos segura. Achamos que fica abaixo de nossa dignidade pedir ajuda, e então lutamos, sozinhas, tentando viver uma vida que está além de nossa capacidade, enquanto empurramos para longe da mente o pensamento da inevitabilidade da morte.
Não podemos salvar a nós mesmas. Sem Deus no controle da vida cotidiana, ao nos comunicarmos com Ele por meio da oração, estamos além do alcance de qualquer outro auxílio. Quando, porém, vamos humildemente a Ele, arrependidas de nosso pecado e reconhecendo a necessidade de um Salvador misericordioso, é aí, e apenas aí, que Ele pode nos reconciliar com o Pai, dando-nos a salvação da qual precisamos desesperadamente.
Ellen M. Corbett