O exército iraquiano era considerado por alguns analistas o quarto maior do mundo na ocasião da Guerra do Golfo (1990-1991). Seus soldados eram bem treinados e equipados; a força aérea, precisa; os tanques, de última geração. Ainda havia a vantagem de conhecer melhor o território. Não seria fácil enfrentá-lo, nem mesmo para a superpotência militar norte-americana. Para vencer aquela guerra, os Estados Unidos e seus aliados usaram uma estratégia inovadora: bombardearam as bases de comando e controle. 

Os aviões norte-americanos não fizeram dos depósitos de armas o seu alvo principal, tampouco o palácio do governo. Eles atacaram os centros de comunicação. Sem comunicação, o exército iraquiano não pôde organizar suas estratégias de combate. Assim, quando as tropas norte-americanas atacaram por terra, havia pouca resistência. 

Não se pode vencer uma guerra sem comunicação efetiva. Quando ficamos incomunicáveis, o inimigo invade nosso território. No livro Por que Tarda o Pleno Avivamento, Leonard Ravenhill constata essa realidade na perspectiva espiritual: “Contamos com muitas pessoas que sabem organizar, mas poucas dispostas a agonizar; muitas que contribuem, mas poucas que oram; […] muitos que interferem, mas poucos que intercedem.” Mas não devia ser assim. Se fracassarmos na oração, seremos derrotados em todas as frentes de batalha. 

Costumamos ter uma vida agitada. Trabalho, estudos, lazer, bate-papos intermináveis on-line e quase não sobra tempo para orar. Nossa comunicação com o Céu está sendo terrivelmente afetada pelos ruídos do excesso de comunicação com a Terra. Precisamos dedicar mais tempo para falar a sós com Deus. 

Na era da comunicação, o maior perigo para o povo de Deus é fracassar em se comunicar com Ele. Investimos em smartphones de última geração, mas deixamos pouco tempo para a oração. Deus vai lhe responder se você estiver disposto a perguntar e a ouvir a resposta. 

Meu apelo para você hoje se resume nesta citação de Ellen G. White: “Falem menos; muito tempo precioso é perdido em conversas que não trazem nenhum esclarecimento. Que os irmãos se reúnam com jejum e oração em busca da sabedoria que Deus prometeu fornecer generosamente” (Liderança Cristã, p. 60).