Em nosso contexto social, somos dependentes da tecnologia e da informação em nossas interações. Nesse sentido, muitos pensam ser questão de sobrevivência estar sempre bem informados. Mas como lidar com a enxurrada de informações que temos diante de nós?

Enquanto muitos acreditam que, quanto mais informação acumulada, mais conhecimento adquirido, vale questionar se informação significa, de fato, formação. Por exemplo, é interessante pensar que Agostinho de Hipona tinha acesso a menos informações que qualquer um de nós. No entanto, como explicar que, apesar disso, ele tenha sido um pensador tão influente na história da humanidade?

Somos rodeados pela tentação de acreditar que, se investirmos em fontes de informação, isso fará a diferença em nossa vida e na sociedade. Contudo, o tempo tem nos mostrado que o ser humano não será melhor se acumular informações. Não! O problema da sociedade é muito mais complexo do que isso.

Essa realidade também se reflete em nosso relacionamento com Deus. O acúmulo de conhecimento teológico não implica necessariamente transformação de vida. Mais do que informação, precisamos passar por um processo de educação superior. Ter informações sobre Deus não faz diferença para ninguém. Elas serão efetivas se forem acompanhadas pela experiência diária com o Senhor.

Conforme escreveu Ellen White, “para onde quer que nos voltemos, seja para o mundo físico, intelectual ou espiritual, em tudo que contemplemos, não considerando a mancha do pecado, esse conhecimento é revelado. Somos postos em contato com a Inteligência invisível e poderosa que opera em tudo e através de tudo […]. Encontra-se nessa comunhão a mais elevada educação” (Educação, p. 14).