A fome é uma das mazelas mais terríveis da Terra. Não é fácil ver crianças desnutridas e com corpos esqueléticos por não terem nem três refeições semanais. Estima-se que cinco crianças morrem por minuto no planeta vítimas da desnutrição. O mais triste, no entanto, é saber que essa situação poderia ser diferente, caso a corrupção não desviasse os recursos que saciariam a fome de milhões de pessoas ao redor do mundo.
Se a corrupção no mundo diminuísse, menos pessoas estariam padecendo sem comida. Essa é a avaliação de Selim Jahan, diretor do Grupo de Redução da Pobreza do Programa das Nações Unidas para o Desenvolvimento (PNUD), sediado em Nova York. Em entrevista, ele afirmou que “a corrupção pode ser pior que a falta de dinheiro. Quando você tem falta de dinheiro, você não tem dinheiro. Quando você tem corrupção, você tem dinheiro, mas o perde”.
Por causa da injustiça e da desonestidade de alguns, os pobres sofrem. Essa é uma realidade no Brasil e na maioria dos países do planeta. Embora não tenhamos como resolver toda a miséria e injustiça do mundo, devemos fazer o possível para amenizar a situação.
Nossas atitudes devem confrontar a injustiça. Em primeiro lugar, não podemos aceitar a corrupção. Já ouvi alguém dizer: “Todos roubam, qual o problema de eu roubar também?” Nunca podemos nos conformar com o mal.
Cristãos também devem fazer o que estiver ao alcance para combater a injustiça social. Não devemos virar o rosto para as coisas erradas. Se estiver dentro das nossas possibilidades, devemos fazer alguma coisa.
Em terceiro lugar, não devemos ser corruptos nos pequenos atos. Devolver o troco recebido a mais, pagar os impostos e não consumir pirataria são formas de não compactuar com as injustiças.
Infelizmente, enquanto vivermos neste planeta, veremos e sofreremos injustiças. Porém, nunca devemos nos acostumar com elas. Assim, faremos o possível para diminuí-las, sonhando com a volta de Jesus, quando todo o mal deixará de existir.