Já colocaram em você uma orelha de burro? Mesmo quando se trata de brincadeira infantil, a verdade é que a gente nunca quer se sentir ignorante. Não queremos admitir isso, mas essa é nossa realidade. Enxergamos apenas até certo ponto. Somos cegos para todo um vasto universo de conhecimento. Quando olhamos para qualquer área do saber, vemos que há muito mais a aprender do que cabe em uma única vida, especialmente nas áreas em que nos achamos especialistas.

A inteligência, porém, pode ser tão perigosa quanto a ignorância. Eva, no auge de sua capacidade intelectual, foi enganada pela argumentação da serpente. Quanto à estética, o fruto era bonito; quanto ao argumento, a serpente parecia ter razão; quanto ao paladar, o fruto era gostoso; e quanto aos benefícios, ele traria inteligência para explicar e entender o desconhecido. Tudo isso era verdadeiro, mas Eva se esqueceu de que a Palavra de Deus não é medida pela razão, mas pela obediência. Só entendemos a lógica divina quando obedecemos.

No caso da serpente, sua inteligência sem amor a fez perversa, indicando que a razão que contraria a Palavra de Deus é fonte de engano. Nunca trará verdadeiro conhecimento. Ellen White diz: “Na pesquisa da verdade devem confiar em Deus e não na inteligência dos grandes homens, cuja sabedoria é loucura para Deus” (Parábolas de Jesus, p. 125).

A inteligência humana é real e encantadora. O problema é que, por mais brilhantes e inteligentes que sejamos, enxergamos pouco diante da complexidade da vida e da natureza. Salomão experimentou muitas fontes de conhecimento e expandiu sua inteligência ao máximo. Qual foi a conclusão dele? De que tudo era muito vazio e sem sentido.

Se você quer ser inteligente de verdade, faça de sua oração a mesma do apóstolo Paulo no verso de hoje. Invista no conhecimento de Deus e na inteligência espiritual, que é fruto do contato com Ele e com o Espírito Santo.