Na década de 1980, um grupo de pesquisadores da Universidade Harvard, liderados pelo psicólogo Howard Gardner, desenvolveu a teoria das inteligências múltiplas.

Ele listou alguns tipos de inteligências: lógico-matemática, linguística, musical, espacial, corporal-cinestésica, interpessoal, intrapessoal, naturalista e existencial. Naquele período, as pessoas mediam a capacidade intelectual pelo “QI” (quociente de inteligência). Porém, Gardner demonstrou que alguém que é bom em matemática não é mais inteligente do que alguém que é bom em esportes. Eles têm apenas inteligências diferentes.

O texto bíblico de hoje fala de um tipo de inteligência muito especial. A passagem refere-se à sabedoria, que não tem o propósito de exaltar o ser humano, mas que existe, sobretudo, para glorificar a Deus e fazer avançar Seu reino na Terra. É essa inteligência que nos “conservará”, conforme explica o versículo de hoje.

A Bíblia fala sobre alguns homens que receberam inteligências especiais de Deus. Por exemplo, Bezalel e Aoliabe. Está escrito sobre eles: “Assim Bezalel, Aoliabe e todos os homens capazes, a quem o Senhor concedeu destreza e habilidade para fazerem toda a obra de construção do santuário, realizarão a obra como o Senhor ordenou” (Êxodo 36:1).

Esses homens trabalharam duro para a construção do lugar de adoração a Deus. Suas habilidades foram usadas para honrar Aquele que as concedeu.

As Escrituras falam algo semelhante de outro homem, Hurão, mais conhecido como Hirão. Lemos assim: “O rei Salomão enviara mensageiros a Tiro e trouxera Hurão, filho de uma viúva da tribo de Naftali e de um cidadão de Tiro, um artífice em bronze. Hurão era extremamente hábil e experiente, e sabia fazer todo tipo de trabalho em bronze. Apresentou-se ao rei Salomão e fez depois todo o trabalho que lhe foi designado” (1 Reis 7:13, 14).

Todas as pessoas receberam pelo menos um dom de Deus. Segundo Jesus, “a um deu cinco talentos, a outro dois, e a outro um; a cada um de acordo com a sua capacidade” (Mateus 25:15). Há pelo menos uma coisa que você faz bem.

Qual é seu maior talento? Em que área você tem melhor desenvoltura? Você é um bom músico? Fala bem em público? Lida bem com os números? É bom em relacionar-se com os outros? Seja qual for a sua “inteligência”, lembre-se de que foi o Senhor quem a deu. Use-a para fazer o reino de Deus avançar e para honrar o nome Dele com sua vida.