Foi nossa primeira viagem a grandes reuniões de toda a área em Montego Bay, na Jamaica. Éramos um casal pastoral muito novo e tínhamos decidido viajar de carro e levar outros passageiros pagantes, pois essa era a prática mais econômica nos anos 70. Assim, três outros jovens obreiros viajavam conosco.
– Vai ser um dia emocionante! – exclamou um dos passageiros.
Todos concordamos com a afirmação, pois o orador da reunião de jovens era conhecido por suas apresentações comoventes e era um dos favoritos entre os jovens.
Chegamos em segurança ao local da reunião e em tempo hábil. O anfiteatro estava agitado, e o público, em sua maioria jovem, estava ocupado se encontrando e cumprimentando uns aos outros. A reunião se estendeu por várias horas, mas ninguém queria ir embora quando terminou. O líder havia motivado, estimulado e desafiado os jovens a voltar para suas igrejas de origem e incendiar suas comunidades!
Nós cinco entramos no nosso carrinho compacto e começamos a jornada de volta aos nossos respectivos locais de trabalho. Estávamos animados com o ótimo dia que havíamos tido. Na metade da viagem, os três passageiros do banco de trás adormeceram.
Foi aí que aconteceu! De repente, nosso carro ficou fora de controle, indo de um lado para o outro da estrada, que era normalmente movimentada.
– Jesus! – gritei uma oração de uma só palavra.
Em uma fração de segundo, o carro desviou repentinamente para uma ribanceira alta ao lado da estrada e parou completamente. Acredito que um anjo tenha intervindo e assumido o volante, tirando-nos da estrada agitada. Ao examinarmos o carro, descobrimos que a roda traseira direita havia se soltado por causa de um eixo quebrado. Mais uma vez, pensei: Deve ter sido um anjo…
A primeira pessoa a chegar ao local do nosso acidente foi um “anjo” humano. Nós mal o conhecíamos. No entanto, ele não apenas nos levou ao seu mecânico nas proximidades, como também pagou a conta do conserto na hora e integralmente.
– Apenas me paguem quando puderem – disse ele. – Sei que vocês são jovens trabalhadores.
Até hoje, chamamos aquela esquina de “curva do anjo”. Deus nos colocou nas mãos protetoras e cuidadosas de dois anjos em um único dia. Louvado seja Ele!
Claudette Garbutt-Harding