Terça-feira
20 de fevereiro
Intimidade que conforta
Não tenha inveja de quem é violento nem adote nenhum dos seus procedimentos, pois o Senhor detesta o perverso, mas o justo é Seu grande amigo. Provérbios 3:31, 32

O aluno chegou à minha sala bastante indignado. Ele carregava em suas mãos a sua última prova de matemática. A nota não era das melhores, mas a sua mágoa não era exatamente com a nota que tirou. O problema era um colega de classe que havia colado durante o teste e agora exibia uma nota próxima à máxima pelos corredores da escola.

Ao me questionar sobre essa situação, identifiquei que a real questão do garoto era a mesma que o provérbio de hoje retrata e que outros escritores bíblicos também abordaram: a aparente prosperidade do ímpio. A pergunta implícita em toda a fala do aluno era: Por que eu que fiz tudo certo não me dei tão bem quanto ele que trapaceou? Você já fez esse questionamento em alguma situação da vida?

O conselho do sábio é que não devemos ter inveja da aparente prosperidade dos ímpios. Apesar de se darem bem diante do mundo, eles estão em uma situação difícil diante de Deus. A grande questão é a quem queremos agradar. Expliquei para o aluno que, mesmo tendo uma nota ruim, ele estava bem com Deus. A nota boa do colega desonesto não compensaria a mancha em seu caráter e o pecado escrito no Céu.

O antídoto para não invejarmos a aparente prosperidade dos ímpios é ser íntimo de Deus. A intimidade com o Senhor nos faz felizes em qualquer circunstância. Paulo era amigo de Jesus e aprendeu a estar bem em todos os momentos da vida. Ele escreveu: “Não estou dizendo isso porque esteja necessitado, pois aprendi a adaptar-me a toda e qualquer circunstância. Sei o que é passar necessidade e sei o que é ter fartura. Aprendi o segredo de viver contente em toda e qualquer situação, seja bem alimentado, seja com fome, tendo muito, ou passando necessidade. Tudo posso Naquele que me fortalece” (Filipenses 4:11-13).

Se observarmos o mundo com olhos desatentos, poderemos ser tentados a dizer que é melhor ser trapaceiro, pois veremos diversas pessoas que usam de meios desonestos para ganhar vantagens e as ganham. Porém, o cristão sempre vê a vida pelos “óculos do evangelho” e assim consegue ver além do óbvio. Como os autores bíblicos, ele perceberá que vale mais ter um final feliz depois de uma vida correta a ter uma vida de vantagens que conduz à perdição eterna. Estar bem com Deus é o maior ganho que alguém pode alcançar.