Nabucodonosor realizava o último cerco contra Jerusalém. A crise era grave, e todos estavam com medo. Apesar da oposição que sofria, o profeta Jeremias anunciava que a cidade seria destruída e que os judeus passariam 70 anos sob o domínio de Babilônia. Naquele momento de crise, enquanto o desespero aumentava, Deus alimentou a esperança de Seu povo.
A profecia da destruição de Jerusalém era tão certa que o profeta alertava seus conterrâneos a não ouvir as falsas promessas de que em breve voltariam do cativeiro. Deveriam se estabelecer, constituir famílias, comprar propriedades e criar raízes (Jr 29:4-10). Ele informou a condição em que a terra ficaria, quem os dominaria e quanto tempo o cativeiro duraria (Jr 25:11, 12). Deus não poderia ser mais claro.
No entanto, o Senhor pediu a Jeremias que colocasse não só suas palavras, mas seus recursos para anunciar que ainda havia esperança. O profeta deveria comprar uma propriedade de seu primo Hananel, em Anatote. A pequena cidade ficava a cinco quilômetros de Jerusalém. O problema é que “nesse tempo o exército do rei da Babilônia cercava Jerusalém” (Jr 32:2). Uma propriedade no meio do cerco inimigo não tinha valor nem interessados. Contudo, Jeremias obedeceu. Deus tinha um único interesse: mostrar ao povo que eles voltariam, e todas aquelas propriedades teriam valor e utilidade outra vez. Era um investimento de fé.
Você faria um investimento assim? Como fez com o profeta, Deus pede que nossos investimentos hoje mostrem qual realmente é nossa visão de futuro. Estamos interessados apenas naquilo que traz resultados presentes, ou no que tem resultado eterno? Nossos olhos estão nas batalhas perdidas da Terra, ou na pátria celestial? Nossas decisões, prioridades e investimentos precisam mostrar que acreditamos na Bíblia, seguimos as profecias, temos esperança e confiamos que Jesus em breve voltará. Enxergue mais além. Seu investimento na Terra mostra o tamanho de seu interesse na nova Terra.