Quinta-feira
29 de junho
IRMÃOS
Minha mãe e Meus irmãos são aqueles que ouvem a Palavra de Deus e a praticam. Lucas 8:21

A palavra “irmãos” ocorre nas Escrituras centenas de vezes, usada basicamente com três sentidos. Algumas vezes é uma referência aos filhos de um mesmo casal ou, pelo menos, àqueles que têm um dos pais em comum. Lázaro, Maria e Marta são um exemplo (Jo 11:1, 2). Irmãos são também aqueles que pertencem a um mesmo povo, com laços de sangue. Por isso, na Carta aos Romanos, Paulo declara: “Sinto grande tristeza e tenho incessante dor no coração. […] Por amor de meus irmãos, meus compatriotas segundo a carne” (Rm 9:2, 3).

A expressão “irmãos” pode ser, também, uma referência aos que creem em Cristo e seguem Seus ensinos. Um bom exemplo se encontra no livro de Atos: “Naqueles dias, Pedro se levantou no meio dos irmãos […] e disse: ‘Irmãos, era necessário que se cumprisse a Escritura’” (At 1:15, 16). Também Paulo, escrevendo aos colossenses, os chama de “irmãos em Cristo” (Cl 1:2).

Certa vez, Jesus explicou quem são Seus irmãos. Dirigindo-se aos ouvintes, Ele perguntou: “Quem é a Minha mãe e quem são os Meus irmãos?” E, estendendo a mão para os discípulos, disse: “Eis Minha mãe e Meus irmãos. Portanto, aquele que fizer a vontade de Meu Pai celeste, esse é Meu irmão, Minha irmã e Minha mãe” (Mt 12:48-50). Assim, todos nós que aceitamos o evangelho temos o mesmo Pai (Mt 6:9) e somos irmãos de Cristo (Hb 2:11). Somos também irmãos uns dos outros (Mt 23:8). Isso mostra o tipo de relacionamento que deve haver entre nós.

Deus espera que amemos uns aos outros (1Pe 2:17) e que, por essa razão, sirvamos uns aos outros (Gl 5:13) e levemos as cargas uns dos outros (Gl 6:2), ajudando a suprir as necessidades, como se o fizéssemos a Cristo (Mt 25:31-40). Como irmãos, é necessário que não nos queixemos uns dos outros (Tg 5:9) nem falemos mal uns dos outros (Tg 4:11). Jamais sejamos pedra de tropeço para quem quer que seja (Rm 14:10, 13, 21). Antes, encorajemos uns aos outros em nossa jornada em direção ao reino de Deus (Hb 3:12-14). Quando houver qualquer desavença entre nós, vamos corrigir com brandura (Gl 6:1) e com a disposição de perdoar até “setenta vezes sete”, ou seja, quantas vezes for pedido o perdão (Mt 18:21, 22).