Sábado
20 de julho
Jenga e Lego
Irmãos, pelo nome de nosso Senhor Jesus Cristo, peço-lhes que todos estejam de acordo naquilo que falam e que não haja divisões entre vocês; pelo contrário, que vocês sejam unidos no mesmo modo de pensar e num mesmo propósito. 1 Coríntios 1:10

A igreja de Corinto estava passando por um momento caótico. As opiniões tinham se elevado ao nível de princípios, sendo que os elementos mais básicos propostos pelo cristianismo – equilíbrio, irmandade, humildade, paz e missão – estavam sendo questionados. A igreja estava polarizada. Havia disputas por questões de gênero e status. Os irmãos mais antigos se consideravam melhores do que os mais recentes. Muitos estavam fascinados com o esnobismo e procuravam chamar a atenção. Havia uma forte tendência de caminhar no limite do permitido. Entre tanta divisão, a missão da igreja tinha sido desfigurada. Com grande sabedoria, porém, Paulo pediu que os coríntios colocassem suas próprias opiniões no devido lugar e, juntos, construíssem uma igreja unida no que é fundamental. 

Refletindo no texto de hoje e observando a realidade de muitas comunidades religiosas, creio que haja duas maneiras de enfrentar situações como essas. Uma delas é como quem joga Jenga, e outra como quem brinca com Lego. Jenga, para quem não conhece, é um jogo que se realiza com blocos de madeira. Os blocos são colocados de maneira a formar uma torre, e os jogadores vão retirando diferentes blocos, colocando-os no topo da torre. Perde aquele que, ao tirar uma peça, deixa a torre cair. No caso do Lego, o propósito é construir o que quer que seja com blocos de plástico que se encaixam uns nos outros. 

Alguns pensam que é preciso dar espaço para os problemas das comunidades. No entanto, aquilo que deve ficar num espaço privado não deve ser levado a público. Quando isso acontece, costuma-se comentar o fato sem dó nem piedade. Esse método acaba derrubando a igreja, assim como acontece com a torre do Jenga. Paulo, porém, nos ensina a construir com a lógica do Lego, pois é na unidade que os projetos são desenvolvidos e prosperam. É óbvio que unidade não significa uniformidade de opinião; mas há coincidência nos princípios. 

Lembre-se: na igreja, você deve estar para somar, nunca para dividir ou derrubar. É assim que se constrói uma comunidade que vai junta para o Céu.