Normalmente, a arqueologia não lida com doutrinas; seu foco é a história. A arqueologia não prova que Deus existe ou que Jesus nasceu de uma virgem; esses são elementos que requerem fé. No entanto, em 2004, uma descoberta arqueológica contribuiu para a crença na divindade de Jesus.
Embora existam muitos textos bíblicos que evidenciam essa doutrina, aqueles que a negam argumentam que ela passou a fazer parte da fé cristã somente após o Concílio de Niceia, em 325 d.C. Antes disso, afirmam eles, os cristãos não viam Jesus como Deus.
Tudo ocorreu quando o governo decidiu ampliar uma prisão em Megido, ao norte de Israel, e os operários encontraram por acaso um piso feito de mosaico, datado de 230 d.C., quase 100 anos antes do concílio. No local, havia uma casa dos tempos de Roma que servia como lugar de culto.
Parece que a perseguição imperial ou alguma situação desconhecida obrigou os membros a abandonarem o local, uma vez que o edifício não possuía marcas de destruição. No entanto, aqueles que o deixaram cobriram cuidadosamente o piso para garantir sua preservação. Assim, o
mosaico permaneceu intacto até ser redescoberto no século 21.
Nele havia uma inscrição grega de agradecimento que dizia: “A Akeptous, amigo de Deus, que ofereceu esta mesa ao Deus Jesus Cristo como memorial.” Akeptous deveria ser o dono da casa, e, como se pode ver, eles reconheciam Jesus como Deus, isso muito antes da formulação do credo de Niceia.
Na inscrição, os nomes Deus e Jesus Cristo estão abreviados e com um traço acima, pois era assim que os cristãos primitivos demonstravam reverência ao escrever nomes sagrados.
Não adianta negar: Jesus é Deus, e desde os primórdios a igreja reconhece isso. Como bem disse C. S. Lewis: “Você pode descartá-Lo como sendo um tolo ou pode cuspir Nele e matá-Lo como a um demônio; ou, então, poderá cair de joelhos a Seus pés e chamá-Lo de Senhor e Deus. Mas não me venha com essa conversa mole de Ele ter sido um grande mestre de moral, pois Ele não nos deu essa alternativa” (Cristianismo Puro e Simples, p. 86). Jesus é o Senhor. Qualquer alternativa a essa verdade será a pior de todas as heresias.